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Ai Weiwei (centro à esq.) criticou o governo chinês pela retirada do ar de sua paródia do sucesso do rapper Psy | AFP Photo/Cortesia de Ai Weiwei
Ai Weiwei (centro à esq.) criticou o governo chinês pela retirada do ar de sua paródia do sucesso do rapper Psy| Foto: AFP Photo/Cortesia de Ai Weiwei

O artista plástico e dissidente político chinês Ai Weiwei criticou o governo, nesta quinta-feira (25), por retirar de sites do país uma paródia dele sobre o vídeo do sucesso "Gangnam Style", do rapper sul-coreano Psy.

Ai e funcionários da sua empresa realizaram a famosa dança de Psy no ateliê dele, em Pequim, e divulgaram as imagens na noite de quarta-feira em sites chineses como o Tudou, equivalente local do YouTube, que é bloqueado na China.

Ai, de 55 anos, chamou o vídeo de "Caonima". A palavra significa "cavalo da lama na grama", alusão a uma criatura imaginária semelhante à alpaca, mas que também soa em chinês como um xingamento pesado.

Muitos usuários chineses da internet --inclusive Ai-- usam o termo "caonima" como uma espécie de afronta à censura do governo sobre os computadores do país.

Ai contou à Reuters que a gravação do vídeo levou apenas dez minutos, mas que a edição consumiu um dia inteiro. Ele foi ao ar por volta da meia-noite de quarta-feira (hora local) e foi visto por dezenas de milhares de pessoas antes de ser tirado do ar, horas depois.

Ai disse que a dança e a música de Psy são expressões de individualismo que deveriam ser permitidas na China.

"Acima de tudo, sentimos que cada pessoa tem o direito de se expressar, e esse direito à expressão está fundamentalmente vinculado à nossa felicidade e até à nossa existência", afirmou. "Quando uma sociedade exige constantemente que todos devem abandonar esse direito, então a sociedade se torna uma sociedade sem criatividade. Ela nunca pode se tornar uma sociedade feliz."

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