Imagens do local do ataque circulam na internet| Foto: Reprodução/Twitter
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Duas pessoas morreram nesta terça-feira (15) em um ataque com mísseis que atingiu uma fazenda na cidade de Przewodów, no leste da Polônia, perto da fronteira do país com a Ucrânia, segundo informaram veículos de comunicação locais. A origem do projétil ainda é desconhecida. O governo polonês convocou uma reunião do conselho de segurança nacional após o ocorrido devido à "situação de emergência".

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O ataque em solo polonês ocorreu no mesmo dia em que a Rússia lançou cerca de 100 mísseis contra a Ucrânia, a maioria deles contra infraestruturas de energia e outros alvos civis, segundo o comando militar ucraniano. A capital Kiev e as cidades de Lviv, Shebekino e Kharkiv foram as mais atingidas. O governo da Polônia, porém, ainda não confirmou se os mísseis que atingiram o país são russos.

A Rússia, por sua vez, negou qualquer envolvimento no ataque à Polônia. "Nenhum ataque foi feito contra alvos perto da fronteira entre Ucrânia e Polônia por meios de destruição russos", disse o Ministério da Defesa russo em um comunicado. O órgão também afirmou que as reportagens na imprensa polonesa afirmando que os mísseis são russos são "uma provocação deliberada para provocar uma escalada da situação".

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Um porta-voz do Pentágono disse que os Estados Unidos estão a par dos relatos na imprensa polonesa, mas que, até o momento, eles ainda não têm informação que corrobore a alegação sobre a origem dos mísseis.

A Polônia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), cujos países-membros se comprometem com a defesa coletiva. Após o ataque, Gitanas Nauseda, presidente da Lituânia, que também faz parte da Otan, disse no Twitter que "cada centímetro do território #OTAN deve ser defendido".

“Estamos analisando esses relatos e coordenando de perto com a nossa aliada Polônia”, disse um oficial da Otan à CNN Internacional.

Zelensky diz que mísseis são russos; Polônia e Otan adotam cautela

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a explosão em Przewodów, perto da fronteira ucraniana, foi provocada por mísseis russos. "Hoje aconteceu o que alertamos por muito tempo. O terror não se limita às nossas fronteiras nacionais. Mísseis russos atingiram a Polônia", disse ele por meio de sua conta no Telegram.

"Trata-se de um ataque de míssil russo à nossa segurança coletiva. É uma escalada muito significativa", acrescentou.

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O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a aliança militar acompanha a situação na Polônia e ressaltou a importância de que “se estabeleçam todos os fatos”. Ele afirmou, via Twitter, ter conversado com o presidente polonês, Andrzej Duda, e ofereceu condolências pela "perda de vidas".

"A Otan está fazendo um acompanhamento da situação e os aliados estão fazendo consultas de perto. Importante que se estabeleçam todos os fatos", disse o secretário-geral.

O porta-voz do governo polonês, Piotr Müller, disse após uma reunião da Comissão do Conselho de Ministros para os Assuntos de Segurança Nacional e Defesa que as autoridades "estão no local neste momento, explicando a situação ocorrida", acrescentando que foi decidido aumentar a disponibilidade de "algumas unidades militares e de combate".

Ele instou a mídia a não divulgar "notícias não confirmadas" e ressaltou que as informações disponíveis seriam tornadas públicas após a reunião "na medida do possível".

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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