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Pelo menos 56 pessoas morreram num duplo atentado com carros-bomba, neste domingo (18), num bairro de maioria xiita do leste de Bagdá, informaram fontes de hospitais.

Os atentados aconteceram quatro dias depois do lançamento oficial do novo plano de segurança americano-iraquiano.

Os dois carros-bomba estavam distantes 20 metros um do outro no bairro de Baghdad Jadida, em Nova Bagdá. O primeiro explodiu no meio do mercado e o segundo, perto de uma loja de materiais elétricos.

O hospital Ibn Nafis, no centro da cidade, indicou ter recebido corpos de 12 vítimas desses atentados. Pouco depois, mais duas pessoas morreram na mesa de operações, indicaram as mesmas fontes.

Outro hospital do centro, o Kindi, indicou ter recebido os corpos de 42 vítimas e mais 83 pessoas feridas, algumas em estado grave.

Às 15h deste domingo (12h GMT), um camicase lançou seu carro-bomba contra um posto de controle ocupado por comandos do ministério do Interior no bairro xiita de Sadr City, no leste de Bagdá, o feudo do Exército do Mehdi, a milícia do líder radical xiita Moqtada al-sadr, matando um policial.

Outras dez pessoas, entre elas três policiais, foram feridas.

O duplo atentado de Baghdad Jadida aconteceu pouco depois do exército americano ter anunciado uma diminuição da violência desde o lançamento do plano de segurança para a cidade.

"Desde o início da operação, o número de ataques na capital iraquiana diminuiu", havia declarado neste domingo em comunicado o tenente-coronel Scott Bleichwehl, porta-voz do exército americano em Bagdá.

O general Abbud Gambar, responsável iraquiano pela aplicação do plano de segurança, também havia expressado seu otimismo.

"Quero dizer ao povo de Bagdá que a segurança está chegando. Vamos expulsar os terroristas" da capital iraquiana, havia afirmado.

"O plano de segurança levará tempo, pois os terroristas têm uma estratégia" de longo prazo, havia acrescentado, prudentemente, o general.

Bagdá, onde segundo a ONU 17.000 pessoas morreram em ações violentas em 2006, vem sendo abalada diariamente por ataques mortíferos.

No sábado (17), dia da visita surpresa da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, à capital iraquiana, dois soldados americanos foram mortos em ataques separados, confirmou o exército dos Estados Unidos nesse domingo.

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