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O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, fala a jornalistas enquanto acompanha o senador Christopher Bong Go, que registrou sua candidatura para vice-presidente, em Manila, 2 de outubro
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, fala a jornalistas enquanto acompanha o senador Christopher Bong Go, que registrou sua candidatura para vice-presidente, em Manila, 2 de outubro| Foto: EFE/EPA/LISA MARIE DAVID/POOL

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou neste sábado que vai se aposentar da política e que abandonou o plano de concorrer à vice-presidência nas eleições do país do ano que vem, quando termina o seu mandato.

"O sentimento da maioria dos filipinos é o de que não sou qualificado e que isso seria uma violação da constituição", disse Duterte, em entrevista coletiva. "Em obediência à vontade do povo, vou seguir o que vocês querem e hoje anuncio minha aposentadoria da política", acrescentou.

Duterte, conhecido por sua postura linha-dura no combate às drogas no país, não pode concorrer à reeleição, já que a constituição filipina estabelece um limite de um mandato presidencial de seis anos. Ele havia aceitado a nomeação do seu partido para se candidatar a vice-presidente nas eleições de 9 de maio, decisão que encontrou a oposição de muitos filipinos, que acreditam que o plano viola o espírito da constituição.

Opositores já haviam anunciado que questionariam a legalidade da candidatura de Duterte na Suprema Corte. Isso porque, se ele concorresse e vencesse a eleição, poderia voltar a ocupar a presidência, caso o mandatário eleito morresse ou fosse incapacitado de ocupar o cargo por outro motivo.

Os cargos de presidente e vice-presidente são eleitos separadamente no país, e portanto os vencedores podem ser de diferentes partidos políticos.

Analistas acreditam que a decisão de Duterte abre caminho para que a sua filha, Sara Duterte, se candidate à presidência do país. Atualmente, ela é prefeita da cidade de Davao e ficou bem colocada em pesquisas de opinião sobre quem deveria ocupar o cargo.

O presidente filipino fez o anúncio neste sábado ao lado do senador Christopher Bong Go, seu aliado de longa data, que registrou a sua candidatura para a vice-presidência pelo partido do governo em um centro da comissão eleitoral.

Lenda do boxe se candidata a presidência

A lenda do boxe mundial Manny Pacquiao, que havia acabado de anunciar a sua aposentadoria do esporte, foi o primeiro a protocolar a sua candidatura para a presidência das Filipinas, na sexta-feira, quando teve início o período para o registro das candidaturas.

"A minha prioridade é resolver a pandemia para que possamos levar a economia para a recuperação", disse Pacquiao, que atualmente é senador nas Filipinas. Ele disse não ter se abalado com as pesquisas de opinião, que apontam que ele está em quarto lugar entre os presidenciáveis. "A voz dos pobres não foi ouvida", disse o boxeador a jornalistas.

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