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Grupos protestaram ontem e população foi chamada para sair às ruas do Cairo hoje | Mohamed Abd El Ghany/Reuters
Grupos protestaram ontem e população foi chamada para sair às ruas do Cairo hoje| Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters

Entenda a data

As manifestações egípcias tiveram início em 25 de janeiro de 2011 e duraram três semanas, até que o ditador Mubarak deixou o cargo.

Cisão

O Egito está politicamente dividido e enfrenta uma crise econômica.

Protestos

Hoje, para marcar os dois anos da Primavera Árabe no país, ativistas e grupos políticos preparam mais protestos. Desta vez, contra um líder eleito de forma democrática.

Plano

Os adversários do presidente Mohamed Mursi planejam fazer uma passeata hoje até a Praça Tahrir para expressar sua irritação com o novo líder islâmico e com seus apoiadores da Irmandade Muçulmana, a quem acusam de trair os objetivos da chamada Revolução de 25 de Janeiro, que galvanizou os egípcios em uma demonstração de unidade nacional que não se repetiu desde então.

Assistência

A Irmandade Muçulmana, com a ajuda de aliadas, promete marcar o dia de hoje enviando voluntários para reformar 2 mil escolas, plantar árvores, fornecer atendimento médico e abrir "mercados beneficentes" que vendam comida mais barata.

Inspiração

Inspirada na rebelião tunisiana contra o então presidente Zine al Abidine Ben Ali, a revolução egípcia ajudou a desencadear mais revoltas na Líbia e na Síria.

Fonte: Reuters.

Hoje faz dois anos que as revoltas da Primavera Árabe ganharam as ruas do Cairo, no Egito, e tornaram a da Praça Tahrir um dos símbolos do movimento que sacudiu o Mundo Árabe, acabando com a carreira de líderes déspotas, entre eles, Hosni Mubarak, do Egito.

E é hoje que os egípcios se preparam para marcar a data com uma nova manifestação, organizada por algumas lideranças do país, entre elas, o diplomata Mohamed ElBaradei, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2005 e integrante do Partido da Constituição.

"Eu peço a cada um de vocês, de todo o Egito, a provar que a revolução precisa continuar e que precisa ser completada", disse ElBaradei em um vídeo divulgado ontem, convocando a população a sair às ruas. Além de ElBaradei, a organização do ato de hoje contou também com a Corrente Popular Egípcia, do esquerdista Hamdin Sabahi, e com o Partido Egípcios Livres.

Os islamitas do governo, por sua parte, dizem que se recusam a entrar em confronto direto hoje, por causa do aniversário da revolução, e não organizaram atos públicos.

Ontem, a polícia egípcia já entrou em confronto com manifestantes no centro do Cairo, a capital do país.A multidão tentava derrubar um muro de concreto erguido como barricada, próximo da Praça Tahrir, colocado ali para impedir que novos protestos cheguem aos edifícios do Parlamento e do Poder Executivo. A tropa de choque reagiu com bombas de gás lacrimogêneo.

O evento de hoje faz parte de uma série de atos convocados por ativistas e grupos de oposição política ao longo desta semana, com o objetivo de protestar contra o atual governo do país, liderado pelo presidente Mohamed Mursi e sustentado pela Irmandade Muçulmana e seu braço político, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ).

Mursi foi eleito em junho, após uma transição tumultuada com mediação por uma junta militar. Seus primeiros seis meses de governo foram marcados por tensões políticas, manifestações e uma crise econômica que afetou sua popularidade.

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