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Sarkozy e Hollande confirmam a previsão e farão o segundo turno na França | PHILIPPE WOJAZER/AFP
Sarkozy e Hollande confirmam a previsão e farão o segundo turno na França| Foto: PHILIPPE WOJAZER/AFP

Hollande afirma estar em melhor posição para ser presidente

O candidato socialista à Presidência francesa François Hollande, que ficou em primeiro lugar no primeiro turno da eleição neste domingo, considerou que está "em melhor posição para ser o próximo presidente da França".

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Sarkozy encara 2º turno na França "com confiança"

O presidente Nicolas Sarkozy, que ficou atrás do candidato socialista François Hollande no primeiro turno da eleição presidencial, afirmou domingo que enfrentará o segundo turno, no dia 6 de maio, "com confiança", propondo três debates até lá.

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Participação nas eleições na França chega a 70,59%

A participação no primeiro turno do pleito presidencial na França chegou a 70,59% dos eleitores às 17h locais (12h de Brasília), informou neste domingo o Ministério do Interior.

Esse índice de participação é ligeiramente inferior aos 73,8% registrados no mesmo horário do primeiro turno da eleição anterior, realizada em 2007. A participação total na primeira rodada de votação de cinco anos atrás foi de 83,77%, com uma abstenção, portanto, de 16,23%.

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O socialista François Hollande conquistou neste domingo o primeiro turno da eleição presidencial na França, marcado pela índice surpreendente de votos conquistados pela candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, em torno de 20% dos votos, segundo as pesquisas.

Hollande teria entre 28 e 29,3% dos votos e Nicolas Sarkozy, de 25,5 e 27%. Os dois vão se enfrentar no dia 6 de maio no segundo turno.

Nicolas Sarkozy (25,5% e 27%) perde a aposta de levar o primeiro turno para estabelecer uma nova dinâmica para o segundo.

A candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, chega em terceiro lugar, com surpreendentes 20% dos votos, segundo as estimativas, seguida pelo representante da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon (10,8 e 11,7%) e o centrista François Bayrou (menos de 10%).

O comparecimento dos franceses às urnas ficou acima do esperado, num primeiro turno dominado pela crise econômica. A taxa de participação chegou a mais de 80%, segundo estimativas dos institutos de pesquisa, uma taxa muito elevada, apesar de menor que em 2007 (83,77%).

Essas cifras dissipam a preocupação com uma grande abstenção, expressada durante uma campanha que pouco apaixonou os franceses, que não viam no pleito soluções para suas dificuldades.

Em duas semanas, os eleitores vão escolher quem será o presidente nos próximos cinco anos de uma das principais economias mundiais, potência nuclear e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, com um poder pessoal como poucos no mundo democrático.

Considerado há meses vencedor no segundo turno, com 55% dos votos em média, François Hollande, 57 anos, está em posição de força para se tornar o primeiro presidente de esquerda desde François Mitterrand (1981-1995).

Com pouca experiência em cargos de peso, este homem que passa a imagem de sobriedade deverá poder contar no segundo turno com os votos dos eleitores de Jean-Luc Mélenchon e da ecologista Eva Joly.

"Escolher o próximo presidente não é uma eleição nacional, é uma eleição que vai pesar em toda a Europa", declarou Hollande na manhã deste domingo. Ele pretende renegociar o tratado sobre o orçamento assinado no início de março, se eleito.

Nicolas Sarkozy votou pela manhã, em Paris, ao lado da mulher Carla Bruni-Sarkozy, sem fazer declarações.

Atrás dos dois está a candidata de extrema-direita Marine Le Pen que pode obter mais de 20% dos votos, percentual que dá a ela uma grande importância no segundo turno e que a habilita como forte figura política para os próximos anos. Seu pai, Jean-Marie Le Pen, chegou ao segundo turno, em 2002.

O representante da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, recolhe os frutos de uma boa campanha, mas não conseguiu o terceiro lugar que sonhava. Quanto ao líder centrista François Bayrou, este deverá se contentar com um percentual inferior a 10%, longe dos 18,57% de 2007.

A crise na zona do euro esteve presente na campanha, através da explosão de déficits, da taxa de desemprego (mais de 10% da população economicamente ativa), da questão do protecionismo europeu e da justiça fiscal.

"Nunca deixei de votar mas, desta vez, sinto muito pouco entusiasmo. No plano econômico, há pouca diferença entre os dois candidatos", comentava em Paris uma eleitora de 62 anos, Isabelle Provost.

Foi neste contexto que François Hollande traçou sua estratégia metodicamente, sem levantar a multidão, mas destacando suas prioridades - o emprego dos jovens e o crescimento.

O ex-líder do Partido Socialista (1997-2008) conseguiu fazer esquecer sua falta de experiência no governo, transformando a eleição num referendo contra Sarkozy, mergulhado em recordes de impopularidade.

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