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A Bolívia realiza, neste domingo, eleições para formar a Assembléia Constituinte e vota um referendo sobre autonomias regionais, nas quais depende a consolidação das reformas iniciadas pelo presidente Evo Morales.

Pouco mais de 3,7 milhões de bolivianos estavam inscritos para participar do que o vice-presidente Alvaro García descreveu como "dois processos pelos quais os bolivianos vêm lutando durante décadas, em alguns casos durante séculos".

García representou Morales no ato oficial de abertura de votações em La Paz, enquanto o presidente votou na região produtora de coca Chapare.

- Apostamos em transformar nosso país em uma revolução democrática e pacífica, dessa maneira evitamos um confronto armado como em países vizinhos - disse Morales em Chapare, ao destacar o caráter pacífico das reformas políticas, econômicas e sociais.

A maioria das 21 mil mesas de votação fechará a partir de 17h (horário de Brasília), mas a mídia local só poderá divulgar projeções ou resultados duas horas depois, por ordem legal.

Morales prometeu a eleição da Assembléia Constituinte para "refundar" o país, de acordo com exigências sociais que ele mesmo liderou em parte nos seus anos anteriores de cultivador de coca, e disse que o resultado de um referendo paralelo sobre autonomia será incorporado na nova Constituição.

O governante, que tem popularidade superior a 80%, disse que respeitará qualquer resultado e reiterou que "será a Assembléia Constituinte (de 255 membros) a instância que aprofundará as transformações", como a nacionalização já iniciada dos recursos naturais.

O ex-presidente e agora líder da oposição Jorge Quiroga realizava no domingo um giro pela maioria das capitais dos distritos, em um aparente esforço final para diminuir os votos ao governo que, segundo a maioria dos analistas, poderá ganhar mais da metade das cadeiras na assembléia.

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