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La Paz (Das agências) – Enquanto se mantém a incerteza no quadro eleitoral da Bolívia por uma decisão judicial, a Corte Nacional Eleitoral continua cumprindo o cronograma que deve terminar em 4 de dezembro com as eleições gerais. O responsável pelo organismo eleitoral, Salvador Romero, afirmou ontem que não se pode dar prazos ao Congresso para cumprir a sentença que determina a redistribuição das cadeiras na Câmara Baixa de acordo com o último censo da população. Mas reconheceu que o tempo pressiona.

A legislação eleitoral prevê que a propaganda dos partidos políticos podem começar até 2 de dezembro. Por enquanto, só a Unidade Nacional (UN), liderada pelo empresário do cimento Samuel Doria Medina, e o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), do descendente de japoneses Michiaki Nagatani, anunciaram que começarão suas campanhas.

O Movimento ao Socialismo (MAS), do líder indígena Evo Morales, que aparece em primeiro nas pesquisas de intenção de voto com 28%, informa que lançará sua propaganda política em uma grande manifestação programada para o próximo dia 12 em La Paz, quando apresentará seu plano de governo.

O ex-presidente Jorge Quiroga (2002–2003), do Poder Democrático e Social (Podemos), deve esperar que se resolva a disputa que põe em suspenso a realização das eleições e ameaça provocar um vazio de poder.

O presidente Eduardo Rodríguez disse no sábado que deixaria o governo se a votação fosse adiada, o que renovou o temor de que haja uma nova convulsão social no país. A informação deixou em alerta países como o Brasil, que defende a integração regional, mas reluta em ampliar investimentos em um país politicamente instável.

Os porta-vozes da Corte Nacional Eleitoral avisaram que não se pode esperar indefinidamente pela resolução do Congresso que vai definir quantos membros cada província terá na Câmara de Deputados. Eles indicam que há tempo até 20 de outubro, para quando o cronograma eleitoral prevê a impressão da cédula de votação. Esse dia é também a data limite para que os partidos políticos modifiquem suas listas de candidatos.

O Executivo anunciou através de seu porta-voz, Julio Pemintel, que o presidente Rodríguez enviará uma carta ao Congresso ratificando sua preocupação com o futuro do pleito. Não está descartada uma nova reunião entre representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

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