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A rainha Elizabeth II da Inglaterra visitou hoje o Centro Espacial Goddard da Nasa, em um dos últimos atos de sua viagem de seis dias pelos Estados Unidos, que serviu para reforçar a estreita amizade entre Londres e Washington.

A agência espacial se conectou hoje, ao vivo, com três astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Eles descreveram seu trabalho para a rainha.

Os membros da ISS responderam às perguntas do astronauta de origem britânica Michael Foale, que acompanhou a soberana em sua excursão pelo centro Goddard de Maryland, nas proximidades de Washington.

A representante da Coroa britânica também ajudou a plantar uma árvore no centro, para comemorar sua visita.

Elizabeth II abriu espaço em sua agenda de hoje para visitar o monumento às vítimas da Segunda Guerra Mundial, em Washington, assim como um hospital infantil. Durante o conflito, a soberana obteve permissão de seu pai, o rei George VI, para contribuir com as tropas britânicas, e atuou como motorista no setor feminino do Exército.

A viagem da rainha será concluída esta noite, com um jantar na embaixada britânica, em Washington. O presidente dos EUA, George W. Bush, e a primeira-dama, Laura Bush, devem comparecer.

O jantar marca o fim dos atos oficiais da estada da soberana na antiga colônia.

A viagem serviu para reforçar os estreitos vínculos entre os EUA e o Reino Unido.

"Os EUA não têm um aliado mais próximo que o Reino Unido", assinalou a residência oficial americana, em comunicado divulgado um dia após a chegada de Elizabeth II.

Bush também falou sobre o tema na segunda-feira, ao receber a soberana.

"Nossos países compartilham valores comuns. Honramos nossas tradições e nossa história compartilhada", afirmou.

A rainha confirmou a importância da relação horas mais tarde, durante o jantar de gala em sua homenagem, e lembrou que ambos os países sofreram "profundamente" com o "terrorismo internacional".

Elizabeth II acrescentou que, "divididos, os EUA e o Reino Unido podem ser vulneráveis", motivo pelo qual devem permanecer "sempre unidos".

A visita teve, também, seus momentos amenos, protagonizados por Bush. Ele confundiu a data da última visita de Elizabeth II ao país, que disse ter sido nos "anos 1700", ao invés dos "anos 70".

A rainha, de 81 anos, respondeu com um olhar que alguns comentaristas qualificaram como "glacial", mas que Bush preferiu descrever como "maternal".

Fora esse deslize, os americanos se esforçaram para tratar Elizabeth II da melhor maneira possível.

Na Virgínia, a primeira parada da viagem da soberana britânica, o governador elaborou uma lista protocolar para esclarecer aos residentes do estado que as reverências não eram necessárias, e que o tratamento devido à rainha era o de "Vossa Majestade" e "senhora".

Durante seus dois dias na Virgínia, Elizabeth II visitou a cidade de Jamestown, para comemorar o 400º aniversário do primeiro assentamento britânico permanente no país. Ele foi fundado por cerca de cem colonos, em 1607, sobre o rio James.

Sua visita à região serviu para dar destaque ao crescente debate sobre o significado histórico de Jamestown, origem dos Estados Unidos atuais, mas, ao mesmo tempo, um doloroso símbolo para os índios e afro-americanos.

O quarto centenário rende tributo, pela primeira vez, às três culturas que se uniram às margens do rio James.

Na quinta-feira, em discurso diante da Assembléia Geral da Virgínia, a soberana lembrou que, desde que visitou Jamestown, em 1957, tanto o Reino Unido como os EUA se transformaram em lugares diferentes.

A viagem é a quinta de Elizabeth II aos EUA. O casal real britânico voará amanhã de volta ao Reino Unido.

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