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Soldados sul-coreanos próximos à zona desmilitarizada: fronteira marítima entre os dois países foi fechada | República da Coreia/AFP
Soldados sul-coreanos próximos à zona desmilitarizada: fronteira marítima entre os dois países foi fechada| Foto: República da Coreia/AFP

Intervenção

Hillary pede colaboração da China na crise

Folhapress

Em visita a Pequim, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou que a solução da crise na península coreana depende dos esforços conjuntos da China e dos EUA, depois do suposto ataque de Pyongyang a uma corveta sul-coreana.

Mais cedo, a China havia manifestado preocupação com a escalada de tensão entre as duas Coreias, após Seul ter anunciado o bloqueio de suas relações comerciais com a vizinha Coreia do Norte.

"A Coreia do Norte é uma preocupação urgente", afirmou Hillary na abertura do "Diálogo estratégico e econômico" sino-americano de dois dias que teve início ontem em Pequim.

O presidente Barack Obama ordenou a revisão da política de Washington em relação à Coreia do Norte e aprovou a ideia de aplicar sanções para apoiar seu aliado Coreia do Sul ante qualquer agressão de Pyongyang, segundo indicou a Casa Branca.

Entre essas medidas, a Casa Branca considera apropriada a aplicação de sanções a Pyongyang.

O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, anunciou on­­tem a suspensão do comércio com a Coreia do Norte. Além disso, Lee afirmou que Seul impedirá navios norte-coreanos de cruzarem as águas territoriais sul-coreanas. As medidas foram to­­madas após o naufrágio de um navio sul-coreano, em 26 de março. Uma comissão investigativa concluiu que um ataque de um submarino de Pyongyang causou esse naufrágio, no qual fo­­ram mortos 46 marinheiros sul-coreanos.

O presidente da Coreia do Sul também anunciou que instruiu os militares a renovarem suas atividades de propaganda contra o vizinho, na zona desmilitarizada na fronteira. Seul pretende discutir as ações norte-coreanas no Conselho de Segurança da ONU, tentando aprovar novas sanções contra o fechado regime comunista.

A Casa Branca afirmou que apoia as medidas tomadas pela Coreia do Sul. "Os Estados Uni­­dos apoiam totalmente o modo responsável como o presidente Lee está lidando com o incidente e a investigação objetiva que se seguiu", afirmou a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, durante visita à China.

Ao mesmo tempo, Hillary disse que a administração do presidente dos EUA, Barack Obama, tenta evitar um conflito militar na Península Coreana. "Nós estamos trabalhando de maneira dura para evitar uma escalada na beligerância e nas provocações", disse Hillary. Obama ordenou prontidão aos comandantes mi­­litares americanos "para deter uma futura agressão" do Norte, informou a Casa Branca.

Manobras militares

Os EUA e a Coreia do Sul estão planejando duas grandes manobras militares na Península Co­­reana, numa demonstração de força para tentar deter as ações do Norte.

O porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, disse ontem que os exercícios conjuntos se­­rão conduzidos num "futuro próximo".

Ele disse que as operações testarão a habilidade dos dois países em se defenderem de ataques de submarinos, além de monitorar e prevenir atividades ilícitas.

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