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Lula remeteu ao seu passado, para mostrar que o diálogo não significa uma fuga dos conflitos | Reuters
Lula remeteu ao seu passado, para mostrar que o diálogo não significa uma fuga dos conflitos| Foto: Reuters

Em discurso no Parlamento de Israel, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a necessidade de negociações e a solução de dois Estados para o impasse no Oriente Médio, ressaltando que um futuro Estado palestino precisa ser viável.

"Defendemos a existência de um Estado de Israel soberano, seguro e pacífico. Ele deverá conviver com um Estado palestino igualmente soberano, pacífico e seguro e viável, sobretudo pelo traçado dos seus territórios", disse Lula no Knesset, na primeira viagem oficial de um presidente brasileiro a Israel.

Lula remeteu ao seu passado, para mostrar que o diálogo não significa uma fuga dos conflitos.

"Em minha trajetória pessoal, como sindicalista e dirigente político... não fugi aos conflitos, mas busquei resolvê-los pelo diálogo ainda quando ele parecia exercício ingênuo, tarefa impossível", disse.

Criticando o início da construção de novas residências em Jerusalém, Lula lembrou que "o que está em jogo aqui... não é somente o futuro da paz nesta região, mas a estabilidade de todo mundo".

O presidente disse ainda que o Brasil deveria servir como exemplo, onde milhões de árabes e seus descendentes vivem em harmonia com milhares de judeus. E insistiu na necessidade da busca por uma solução do conflito na região.

"É chegada a hora de abrir um círculo virtuoso de negociações... superando desconfianças e desentendimentos, em nome de valores mais elevados. A história recompensará os que seguirem este caminho."

Lula começou sua viagem ao Oriente Médio por Israel, onde chegou no domingo. O presidente irá ainda aos territórios palestinos, onde também terá encontros com autoridades locais, e por último visitará a Jordânia na quarta e quinta-feira.

Entre os temas internacionais tratados pelo presidente, além da retomada de negociações israelo-palestinas, está a disposição do Brasil de contribuir para o processo de paz no Oriente Médio.

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