O ex-chanceler alemão Helmut Kohl, que reunificou a Alemanha e levou o país para o euro, pediu à Europa que se mantenha no caminho da integração, apesar da atual crise na sua moeda comum, e disse que o continente nunca mais deve descambar para o conflito.
Numa rara ocasião pública por ocasião dos 30 anos da sua posse como chanceler, Kohl foi homenageado por aliados partidários, por vários ex-presidentes e chanceleres, e também por Angela Merkel, ex-afilhada política que rompeu com ele há mais de uma década.
O político de 82 anos, fragilizado desde uma queda, em 2008, que o obrigou a passar meses hospitalizado, permanece praticamente em silêncio desde o início da crise do euro, há três anos, mas eventualmente se manifesta com dúvidas sobre a forma como Merkel administra a situação.
"A Europa nunca mais pode afundar na guerra", declarou ele no Museu Histórico Alemão, em Berlim. "Precisamos levar adiante a unificação da Europa. Façamos bom uso do tempo que temos."
Antes da fala dele, Merkel discursou elogiando a atuação do seu antecessor, mas também defendendo sua abordagem diante da crise, o que inclui a exigência de dolorosas medidas de austeridade em países endividados em troca da concessão de ajuda financeira, e a relutância em aceitar "soluções milagrosas", como a emissão conjunta de títulos financeiros na zona do euro.
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