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Imagem do cargueiro encontrado à deriva: ação pode ser nova tática de traficantes de pessoas | Icelandic Coast Guard/Handout/Efe
Imagem do cargueiro encontrado à deriva: ação pode ser nova tática de traficantes de pessoas| Foto: Icelandic Coast Guard/Handout/Efe

Depois de incêndio, casco de ferry é rebocado para a Itália

Barcos rebocadores transportaram ontem o casco incendiado do ferry Norman Atlantic, que pegou fogo no domingo, dia 28, na costa da Grécia até um porto no sul da Itália, abrindo caminho para uma investigação sobre as causas do incidente que matou pelo menos 11 pessoas.

Visivelmente inclinado para a direita, o ferry era mantido fora dos limites do porto de Brindisi, enquanto as autoridades decidiam onde ele seria guardado.

O fogo começou em um dos níveis inferiores de garagem e deixou a embarcação à deriva e sem energia num mar agitado. Equipes de resgate da Grécia e da Itália levaram 36 horas para retirar os 477 passageiros e tripulantes do barco em meio a ventos fortes.

Resgate

Muitos foram resgatados por helicópteros do nível mais alto da embarcação, enquanto o fogo continuava abaixo, mas dezenas ainda estão desaparecidos, incluindo imigrantes não registrados como passageiros, disseram autoridades italianas.

"Uma vez que o barco estava, sem dúvidas, transportando imigrantes ilegais, que estavam provavelmente escondidos, tememos que vamos encontrar mais mortos quando recuperarmos os destroços", disse no início da semana Giuseppe Volpe, o promotor italiano que comanda as investigações sobre as causas do incêndio.

O número de desaparecidos varia nos diferentes relatos. A guarda costeira grega afirmou na quinta-feira que 18 pessoas ainda não haviam sido encontradas, enquanto Volpe disse que esse número pode chegar a 98.

O barco, de bandeira italiana, foi alugado por uma operadora grega e viajava de Patras, na Grécia, para Ancona, na Itália.

  • Ferry queimado será analisado

A Guarda Costeira da Itália tomou ontem o controle de um cargueiro abandonado em alto mar por sua tripulação que se dirigia à costa italiana com 450 imigrantes a bordo, entre eles mulheres e crianças.

O capitão da Guarda Costeira, Filippo Marini, explicou ao canal de tevê Sky que seis agentes subiram a bordo com um helicóptero para dirigir a embarcação e levá-la a um porto italiano.

O barco foi visto por um avião da marinha da Itália na noite de quinta-feira, quando estava a cerca de 40 milhas (70 quilômetros) do Cabo de Leuca, em Lecce, no sul do país.

Quando as autoridades portuárias entraram em contato com o barco, explica Marini, a única resposta que obtiveram foi a de uma mulher que disse que os passageiros estavam sozinhos, já que a tripulação havia abandonado a embarcação.

Ainda segundo o oficial, o cargueiro – que se chama Ezadeen – procede de um porto turco.

Segundo a Guarda Costeira, citada pela imprensa italiana, havia o risco de um desastre caso o navio se chocasse contra rochas.

Outro caso

Na quarta-feira, dia 31, o cargueiro Blue Sky M, de bandeira moldava e com 796 imigrantes – em sua maioria sírios e curdos – a bordo, também chegou ao sul da Itália na mesma circunstância.

Na ocasião, 35 dos imigrantes resgatados sofriam de hipotermia e tiveram de ser levados a um hospital, de acordo com Mimma Antonacci, porta-voz da Cruz Vermelha italiana.

Acredita-se que traficantes de pessoas estão por trás dos episódios.

Recentemente, a Itália abandonou a operação Mare Nostrum, que custava 80,9 milhões de euros mensais ao país e agora faz parte de uma operação chamada Triton, subordinada à Frontex (Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia).

A operação visa a cooperação entre diversos países europeus para o controle das fronteiras.

Entretanto, críticos da Triton -que tem orçamento menor que a Mare Nostrum- dizem que a operação é frágil e pode facilitar o tráfico de pessoas.

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