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| Foto: EFE/EPA/FACUNDO ARRIZABALAGA

Em visita à ilha de Malta, na segunda-feira (15), a atriz e diretora americana Angelina Jolie disse que o número de pessoas que tentam atravessar o Mediterrâneo clandestinamente continuará a crescer até que sejam resolvidos os conflitos armados em seus países. "Todos nós precisamos perceber a escala da crise. Existe uma relação direta entre os conflitos na Síria e em outros lugares e as mortes crescentes no Mediterrâneo", disse a atriz, em comunicado divulgado nesta terça (16) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Angelina atua como embaixadora do Acnur.

A República de Malta é um dos locais onde desembarcam muitos imigrantes que deixam a África e tentam atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa. "Precisamos entender que é o desejo de abrigo que leva as pessoas a tomar a decisão de arriscar as suas vidas e a de seus filhos em barcos superlotados e inseguros. O número de pessoas deslocadas em todo o mundo devido a conflitos hoje é de 51 milhões. A menos que abordemos as causas profundas destes conflitos, o número de refugiados que morrem ou que ficam sem nenhuma proteção vai continuar a subir", afirmou Angelina no comunicado.

Mais de 2,5 mil pessoas já morreram afogadas ou desapareceram neste ano tentando atravessar o Mediterrâneo, dos quais 2,2 mil desde junho. Até o momento, mais de 130 mil conseguiram chegar às costas europeias, mais que o dobro das 60 mil que o fizeram em 2013.

A atriz acompanhava o alto comissário para refugiados, António Guterres, que pediu aos países europeus que façam um esforço coletivo para evitar que mais pessoas percam a vida nas portas da Europa. Guterres pediu que sejam oferecidas alternativas legais -- como programas de assentamento, de reagrupamento familiar e de vistos de estudante e de trabalho -- para impedir que aqueles que fogem de conflitos possam entrar na Europa sem arriscar suas vidas.

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