Várias cidades do oeste e do sul da Índia sofreram enchentes nesta terça-feira e centenas de milhares de pessoas ficaram ilhadas enquanto aguardavam o resgate com barcos e helicópteros militares.

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Mais de 150 pessoas morreram nas enchentes provocadas por chuvas ininterruptas durante a última semana nos Estados de Gujarat e Maharashtra (oeste) e Andhra Pradesh (sul). Outras 140 pessoas também morreram quando as águas subiram no noroeste do Paquistão, alagando vilarejos e destruindo propriedades.

Imagens da TV indiana mostravam água na altura da cintura nas ruas de Surat, principal cidade industrial de Gujarat e centro do crescente setor de lapidação de diamantes. Quiosques à beira da estrada e templos estavam submersos e a água batia nas paredes dos prédios.

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- Não consigo chegar à minha casa. Estou totalmente submersa na água - disse Ajay Bania, moradora de Surat, pelo telefone.

Mais de 200 mil pessoas foram levadas a locais mais seguros. Centenas de indústrias e escolas fecharam em Surat. O tráfego de carros e trens foi suspenso.

Imagens de TV nas cidades de Nanded e Nasik, no Estado de Maharashtra, mostravam enormes áreas cobertas de água.

Em Andhra Pradesh, o número de mortos após as chuvas torrenciais nos últimos cinco dias subiu para 106 nesta terça-feira, com 12 novas mortes registradas no Estado.

Na Caxemira paquistanesa, uma mulher e seus quatro filhos morreram quando um deslizamento de terra provocado pela fortes chuvas atingiu sua casa perto da cidade devastada pelo terremoto de Muzaffarabad.

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Na província do Baluquistão, as enchentes atingiram 30 vilarejos, destruindo plantações e casas e matando animais.

- Há alguns vilarejos em que mais da metade da população foi muito atingida e não tem abrigo nem comida - disse o governador da província de Raziq Bugti.

Cerca de 12 mil pessoas estavam ilhadas e 300 casas foram destruídas no distrito de Sibi, no Baluquistão. Há também muitos casos de picadas de cobra nas zonas das enchentes.

Autoridades em Andhra Pradesh, na Índia, estão preocupadas com o risco de doenças infecciosas decorrentes da água parada. Cerca de 1.200 vilarejos estão ilhados e 1,2 milhão de pessoas tiveram de abandonar suas casas e estão desabrigadas. São esperadas mais chuvas para a região.