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Dois dias depois da tragédia ferroviária que matou 51 pessoas e deixou mais de 700 feridos em Buenos Aires, a política argentina encontrou ontem o corpo do jo­­vem Lucas Menghini Rey, 20 anos, desaparecido desde o acidente.

"O corpo estava esmagado de uma forma que não podia ser percebido pelas buscas. Foram enviados cães farejadores", afirmou uma fonte policial.

A mãe do jovem peregrinava por hospitais, necrotérios e cemitérios para encontrar seu filho, um passageiro desaparecido que não estava na lista dos mortos e feridos de uma das maiores catástrofes ferroviárias na Argentina. Mais cedo, a mulher disse que seu filho havia saído vivo do trem.

"Suplico que nos ajudem a procurá-lo! Lucas saiu do trem vivo, ferido, ensanguentado, em choque, em uma maca e com um colar cervical. Falei com pessoas que o viram", disse María Luján Rey.

Lucas Menghini Rey pegou na quarta-feira o trem lotado, com 2 mil passageiros da linha que liga a capital à superpovoada periferia oeste.

Os casos de outras 10 pessoas que estavam desaparecidas foram resolvidos, com a identificação de seus corpos pela Justiça, que também avançou na investigação do acidente, sob segredo de Justiça.

Uma alta fonte judicial disse que nem o maquinista Marcos Córdoba, de 28 anos, nem qualquer outra pessoa foi responsabilizado e que a única novidade no caso é o pedido do promotor Fe­­derico Delgado para que o juiz Claudio Bonadío investigue os subsídios que a concessionária TBA recebia.

O titular da Auditoria Geral da Nação (AGN), Leandro Despouy afirmou que realizaram um relatório em 2008 sobre as deficiências do trem Sarmiento. "A situação era desastrosa e o sistema de freios, péssimo. Nada mudou desde então", disse.

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