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O desenvolvimento de energias alternativas deve criar mais de 20 milhões de empregos ao redor do mundo nas próximas décadas, à medida que os governos adotarem políticas de redução de gases causadores do efeito estufa, de acordo com um relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira (24).

Cerca de 2,3 milhões de pessoas já trabalham com energia verde, sendo metade em biocombustíveis, diz o relatório "Empregos verdes: rumo ao trabalho decente em um mundo sustentável e com baixo carbono", elaborado e patrocinado pelo programa ambiental da Organização das Nações Unidas.

A criação de empregos vai depender da implementação e expansão dessas políticas nos países, incluindo a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa e a migração de subsídios das antigas formas de energia para as novas em um esforço para diminuir o aquecimento global, diz o estudo.

O relatório foi escrito antes da crise de crédito dos EUA abalar Wall Street e repercutir ao redor do mundo, o que pode desacelerar muitos setores, incluindo o de energias alternativas.

O estudo diz que cerca de 12 milhões de novos empregos podem se criados ate 2030 na indústria e agricultura voltadas aos biocombustíveis.

Os críticos dos biocombustíveis dizem que o etanol americano, feito principalmente de milho, faz pouco para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Mas as empresas estão correndo para fabricar um etanol mais limpo de fontes como resíduos de lavouras e acelerando a plantação de lavouras não-comestíveis.

O relatório afirma que muitos empregos na indústria de biocombustíveis não são justos com os trabalhadores.

"Grande parte dos empregos nas plantações de cana-de-açúcar e óleo de palma em países como Brasil, Colômbia, Malásia e Indonésia são mal remunerados e feitos em condições insalubres", diz o documento.

"Também existem preocupações de que a produção de biocombustíveis em larga escala possa expulsar um grande número de pessoas de suas terras no futuro", afirma o estudo. Um "acompanhamento de perto" será necessário para determinar que porção dos empregos em biocombustíveis podem ser contados como decentes, acrescenta.

A fabricação, instalação e manutenção de painéis solares dede acrescentar outros 6,3 milhões de empregos até 2030, enquanto a energia eólica deve somar mais de dois milhões de empregos. Mais postos de trabalho podem ser criados nos setores de construção, reciclagem e fabricação de veículos alternativos, diz o relatório.

O mundo vai tentar alcançar um acordo que suceda o Protocolo de Kyoto para tratar da mudança climática em um encontro da ONU em Copenhagem no final do ano que vem.

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