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O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, deve "rapidamente" assinar um acordo para transferir o poder ao vice-presidente e renunciar ao cargo, disse o chefe de operações antiterrorismo da Casa Branca, John Brennan, durante uma reunião num hospital saudita com o líder iemenita, que está internado para tratar de ferimentos graves.

Foi a manifestação mais forte e pública de pressão dos EUA sobre Saleh, cujo mandato está sendo desafiado há cinco meses por uma série de manifestações populares. Ele prometeu diversas vezes que assinaria o acordo de renúncia, negociado por países do Golfo Árabe - entre eles a Arábia Saudita -, mas recuou posteriormente.

Saleh está no hospital para receber tratamento de ferimentos provocados por um ataque em 3 de junho ao seu comboio presidencial em Sanaa, capital do Iêmen. Brennan disse a Saleh que assine o acordo de transferência de poder para que o país possa receber "assistência".

Segundo um comunicado divulgado pela Casa Branca, "os EUA acreditam que uma transição no Iêmen deva começar imediatamente para que a população possa realizar suas aspirações". Brennan, de acordo com o comunicado, disse a Saleh que resolver a crise política do Iêmen era importante para que a nação possa lidar com outros desafios, "incluindo os ataques terroristas conduzidos pela Al-Qaeda na Península Árabe, que tiraram a vida de centenas de cidadãos."

O acordo mencionado por Brennan foi mediado pelo Conselho de Cooperação do Golfo, uma aliança apoiada pelos EUA entre seis países que até o momento veem com preocupação a turbulência no Iêmen, país pobre do sul da Península Árabe. O documento prevê que Saleh receba imunidade contra qualquer acusação referente a seu mandato e foi rejeitado por manifestantes contrários ao governo iemenita, que estão protestando desde fevereiro pedindo a renúncia do presidente.

Em Sanaa, um comunicado divulgado pelo governo disse que Saleh defendeu uma transferência de poder democrática e dentro dos termos da Constituição do Iêmen. O texto também diz que o acordo mediado pelos países do Golfo Pérsico oferece as "bases" para resolver a crise política no país.

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