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O minerador Carlos Monsalve faz uma pausa após ajudar na operação de resgate em Amaga, na Colômbia, 18 de junho de 2010. Equipes de resgate da Colômbia tentavam nesta sexta-feira resgatar mais de 50 mineiros que continuam soterrados e, possivelmente mortos, vítimas de uma explosão em uma mina de carvão. | REUTERS/Fredy Amariles
O minerador Carlos Monsalve faz uma pausa após ajudar na operação de resgate em Amaga, na Colômbia, 18 de junho de 2010. Equipes de resgate da Colômbia tentavam nesta sexta-feira resgatar mais de 50 mineiros que continuam soterrados e, possivelmente mortos, vítimas de uma explosão em uma mina de carvão.| Foto: REUTERS/Fredy Amariles

Equipes de resgate da Colômbia tentavam nesta sexta-feira resgatar mais de 50 mineiros que continuam soterrados e, possivelmente mortos, vítimas de uma explosão em uma mina de carvão.

Pelo menos 18 corpos foram retirados dos destroços na quinta-feira depois da explosão, provocada por gás, que aconteceu por volta da meia-noite, na Província de Antioquia. Esse é o pior acidente em uma mina do país.

As equipes de resgate tinham poucas esperanças de retirar com vida os outros 53 mineiros que estão presos a 2.000 metros abaixo da superfície.

A explosão na pequena mina de San Fernando aconteceu longe das principais atividades geridas por empresas como a Drummond e Glencore, no país que é o 5o no ranking dos exportadores de carvão e que está atravessando um boom em investimentos de mineração e energia.

Os esforços das equipes de resgate foram suspensos diversas vezes para que os trabalhadores pudessem ventilar os dutos de ventilação da mina, para dispersar os gases perigosos.

"Acreditamos que havia 70 ou 72 pessoas lá dentro e até agora recuperamos 18 corpos", disse Luis Alfredo Ramos, governador da província de Antioquia. "A operação de resgate continua suspensa por causa do acúmulo de gases, e eles estão em pleno processo de ventilação dos dutos, no momento."

Familiares dos mineiros desaparecidos se reuniram em um ginásio de esportes na cidade de Amaga, onde as autoridades montaram um centro legista improvisado e para onde os corpos, enrolados em lençóis brancos, foram transportados em caixões. Muitos levavam fotos dos parentes desaparecidos.

A exploração de carvão é uma atividade perigosa, até mesmo em países mais desenvolvidos.

Explosões e deslizamentos são comuns, especialmente na China. Em abril, uma explosão matou 29 mineiros em Virgínia Ocidental, no pior desastre em uma mina dos EUA em mais de 20 anos.

O desastre vai acabar atraindo a atenção para questões sobre regulamentos de segurança da mineração na Colômbia, onde a indústria vai de grandes depósitos geridos por multinacionais até centenas de pequenas minas improvisadas, que produzem carvão para o mercado local.

A Colômbia produz cerca de 70 milhões de toneladas de carvão por ano, e a maior parte da sua produção é exportada para a Europa, os EUA e o Caribe, com foco crescente na Ásia e na China.

Essa explosão não terá um forte impacto no mercado de carvão, porque a mina é pequena e abastece apenas o mercado nacional e alguns comerciantes europeus, disseram fontes ligadas ao mercado.

No ano passado, uma explosão de gás metano em outra mina da província de Antioquia matou 8 trabalhadores, e em 2007 uma explosão em Norte de Santander matou 31 mineiros, um dos piores desastres em minas do país.

A Colômbia tem se beneficiado do boom de investimentos em energia e mineração do governo do presidente Álvaro Uribe, que enviou tropas para combater os rebeldes de esquerda que lutam na mais antiga insurgência da América Latina e que já chegou a controlar grande parte do país.

Uribe deixa o governo em agosto e seu ex-ministro da defesa, Juan Manuel Santos, é o favorito para sucedê-lo no segundo turno das eleições deste domingo.

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