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Clientes olham livros na Feira do Rastro, em Madri, Espanha, 26 de setembro, quando a feira retornou com 100% do vendedores que tinha antes da pandemia
Clientes olham livros na Feira do Rastro, em Madri, Espanha, 26 de setembro, quando a feira retornou com 100% do vendedores que tinha antes da pandemia| Foto: EFE/Víctor Lerena

A Espanha tem a pandemia da Covid-19 praticamente controlada, com níveis de contágio e mortes próximos do baixo risco, em um momento no qual 77,3% da população recebeu a dosagem total da vacina contra a doença, o que permite diminuir as restrições sociais e sanitárias.

A incidência de contágios continua caindo: nos últimos 14 dias houve 58 novos casos por 100 mil habitantes, informou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde. Há várias regiões em que esse dado está abaixo de 50, ou seja, no nível considerado de baixo risco.

O país europeu está deixando para trás a quinta onda da pandemia, que atingiu o pico de transmissão em 27 de julho, com uma média de 702 casos por 100 mil habitantes - bem acima do risco extremo, considerado a partir de 250.

Desde o início da crise sanitária, houve quase 5 milhões de casos de infecção na Espanha e 86.463 mortes causadas pela doença, de acordo com os registros oficiais. Contudo, outros indicadores demográficos sugerem que houve mais de 100 mil óbitos.

Somente em 2020, ano em que a pandemia eclodiu, as mortes aumentaram 17,7% na Espanha em relação ao ano anterior (75.305 óbitos a mais), de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, que, contudo, não especifica as razões para o aumento.

Ampliação de horários e capacidade de público

A evolução favorável levou as autoridades a suspender as restrições de tempo para a indústria hoteleira e o setor de alimentação na maioria das regiões, e a abolir ou ampliar os limites de capacidade de público em muitos estabelecimentos, bem como para as atividades noturnas.

Entretanto, as regiões das Ilhas Baleares e da Galícia poderão exigir o certificado de vacinação em boates, como haviam solicitado na Justiça.

Desde junho, é possível permanecer ao ar livre nas vias públicas sem usar máscara em toda a Espanha, exceto se a distância de segurança interpessoal não puder ser mantida. Porém, o artigo ainda é obrigatório nos espaços públicos fechados.

As limitações de capacidade também foram derrubadas ou reduzidas em eventos esportivos, em particular em estádios de futebol e ginásios de basquete, que voltaram a 100% e 80% neste fim de semana, respectivamente, conforme acordado pelos governos nacional e regional. No País Basco e na Catalunha, entretanto, os estádios podem usar apenas 60% da capacidade.

A Catalunha é atualmente a região mais restritiva, pois todas as atividades relacionadas a hotéis e restaurantes têm de terminar à 1h, e o entretenimento noturno permanece vetado nos espaços fechados.

Castilla-La Mancha e Castilla y León, por outro lado, são as que mantêm as menores medidas: aboliram quase todas elas, com exceção do uso de máscaras em áreas fechadas e quando a distância de segurança não puder ser mantida.

Na semana passada, Madri recuperou a liberdade de horários de abertura nos hotéis e na vida noturna, assim como em lojas e centros comerciais.

A partir da próxima segunda-feira, as restrições de capacidade serão suspensas em todos os setores de atividade econômica ou social em Madri, tanto em ambientes internos quanto externos; não haverá mais um número máximo de ocupantes em mesas de bares e restaurantes. A capacidade de assentos será de 100% em cinemas, teatros e locais similares.

Foco na vacinação

Apesar da melhora, as autoridades continuam preocupadas com os chamados 'macrobotellones' nos fins de semana. É como são chamadas reuniões em massa ilegais em locais públicos ao ar livre, onde as pessoas, geralmente jovens, consomem bebidas alcoólicas e socializam sem respeitar as medidas sanitárias.

A ministra da Saúde, Carolina Darias, reiterou a necessidade de não negligenciar a prevenção e frisou: "as vacinas fazem seu trabalho, mas elas não podem fazê-lo sozinhas".

A Espanha é uma das líderes em termos de vacinação total de toda sua população, atrás apenas de Portugal (85,2%) e dos Emirados Árabes (82,5%), de acordo com dados publicados pela Universidade de Oxford.

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