| Foto: Fotos: Célio Martins/Gazeta do Povo

Desde 2011, quando o governo de Raúl Castro autorizou a compra e venda de imóveis residenciais, a especulação imobiliária entrou em cena. Inicialmente, por falta de referências de mercado, houve muita confusão e uma explosão nos preços. Passada a euforia, ocorreu uma acomodação no emergente comércio. Um apartamento de dois quartos, em condições razoáveis de conservação, pode ser comprado por R$ 70 mil a R$ 100 mil. Quem tiver um pouco mais para investir, pode adquirir belas casas [de até quatro quartos], construídas antes da revolução, por valores em torno de R$ 200 mil. Há anúncios até na internet, com fotos e outros detalhes. O problema é encontrar compradores, já que muitos investidores são pessoas que recebem remessas de parentes que vivem no exterior.

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Gasolina a R$ 2,42

Cuba depende da importação de 100 mil barris de petróleo diários da Venezuela para suprir o país de energia. Apesar das dificuldades, os preços dos combustíveis nos postos são mais baixos que no Brasil. O litro de gasolina regular custa R$ 2,42 (1,20 CUC, a nova moeda cubana), mesmo preço cobrado pelo diesel regular – a gasolina especial custa mais, R$ 2,63.

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Versão cubana do Capitólio

Não é apenas Washington que tem seu capitólio. Em Havana, o "El Capitolio" se destaca no cenário da Cidade Velha. O prédio foi concluído em 1929 e, mesmo com todas as semelhanças, arquitetos cubanos afirmam que sua torre não foi inspirada na do Capitólio dos Estados Unidos. Até a década de 50 o "El Capitolio" assegurou o título de terceira maior casa parlamentar do mundo. Após a Revolução de 1959, os revolucionários liderados por Fidel Castro decidiram que a Assembleia Nacional não poderia ter sua sede em um prédio que representava o poder burguês. O edifício passou então a servir de sede da Academia Cubana de Ciências. Agora está fechado para reformas e voltará a servir como sede do Legislativo.

Internet a R$ 16 por hora

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Quem está acostumado a se hospedar em hotéis no Brasil e ter acesso a internet de graça se assusta em Havana. Em alguns hotéis o cartão válido para navegar 1 hora custa R$ 16. Nas residências, pouquíssimas pessoas tem internet. E quem tem acesso à web sofre com a lentidão do sistema discado. A melhor opção de internet para os cubanos são os locais de trabalho em órgãos do Estado, escolas e empresas públicas. O governo diz que o atraso na implantação de novas tecnologias de informação é consequência do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos. Com as restrições americanas, afirma o governo, tudo fica mais caro, o que impede o país de dispor de uma ampla rede de internet banda larga.

A preços de mercado

Aos poucos, os eletrodomésticos importados começam a aparecer nas prateleiras de alguns estabelecimentos comerciais de Cuba. Aparelhos de tevê LCD e LED, fornos de microondas, lavadoras de roupas e outros equipamentos são vendidos em CUC, a nova moeda cubana, e a preços compatíveis com a economia globalizada. Uma tevê LED 32 polegadas não sai por menos de R$ 950. Microondas podem ser encontradas até por R$ 200 – o equivalente a quatro meses do salário médio dos cubanos.

Marca brasileira

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Produto brasileiro praticamente não existe em Cuba. No aeroporto de Havana há uma exceção: a cachaça 51. A aguardente nacional está à venda ao lado de bebidas mais famosas, como o uísque escocês Chivas Regal. O preço da garrafa de 51 no aeroporto é um pouco salgado, 25,15 CUCs, cerca de R$ 50.

Salário de R$ 40 por mês

A maioria dos trabalhadores cubanos ganha em torno de R$ 40 por mês. É com esse dinheiro que eles compram o que o Estado não dá. E nada é de graça em Cuba, a não ser os produtos da "libreta", uma caderneta de abastecimento que controla a cota de produtos dada pelo governo a todo cidadão. A passagem de ônibus custa R$ 0,08, mas uma lata de refrigerante chega a R$ 0,40. A grita é geral: tudo está muito caro.

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