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A notícia da escolha do argentino Jorge Bergoglio para suceder Bento XVI teria gerado um mal-estar na Casa Rosada. Segundo o colunista Mariano Obarrio, do jornal La Nación, o que mais se ouvia nos corredores do palácio presidencial era: "não podemos ter tanta má sorte", "não pode ser".

O relacionamento entre Bergoglio e Cristina sempre esteve marcado pela tensão e distância entre ambos. A presidente Cristina Kirchner, segundo o colunista, teria levado duas horas para enviar a carta saudando o novo papa, e o desânimo dos funcionários era visível.

"Cristina não conseguiu disfarçar, atônita, seu mal-estar e surpresa pela eleição de Francisco", escreveu Obarrio, citando fontes oficiais que pediram anonimato.

Apesar da relação conflituosa, Cristina confirmou que assistirá à missa inaugural do pontificado de Francisco na próxima terça-feira (19) no Vaticano. Em carta, expressou sua consideração e respeito pelo pontífice:

"É nosso desejo que tenha, ao assumir a condução da Igreja, uma frutífera tarefa pastoral, desempenhando grandes responsabilidades em prol da justiça, da igualdade, da fraternidade e da paz na humanidade".

A ruptura entre os líderes foi definitiva quando Bergoglio criticou o governo argentino durante a crise agrícola em 2008 e rejeitou o casamento gay e a lei de identidade de gênero. Ele sempre criticou os índices de pobreza, o uso eleitoral do clientelismo, o estado de tensão social e a confrontação permanente do governo.

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