O papa Francisco vai manter provisoriamente nos seus respectivos cargos os atuais assessores, designados pelo papa emérito Bento XVI. Francisco disse que pretende "rezar, refletir e dialogar" para depois, decidir se haverá mudanças de secretários, chefes e integrantes dos chamados dicastérios (departamentos) da Cúria Romana, equivalente à cúpula política do Vaticano. O papa assumiu o pontificado há quatro dias.

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No final da semana passada, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que eventuais mudanças são normais, mas que não há prazo para serem executadas. A expectativa maior, segundo os vaticanistas, é quanto à permanência do atual secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone. O cargo de secretário de Estado corresponde ao de primeiro-ministro. O papa também deve avaliar a permanência dos responsáveis pelas congregações.

O Vaticano tem embaixadores e representantes no exterior, um jornal oficial, o L'Osservatore Romano, uma estação de rádio e uma força militar denominada Guarda Suíça Pontifícia. Também emite selos e passaportes. A organização política do Vaticano inclui também uma Corte Parlamentar, congregações e prefeitos.

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Ao despedir-se dos fiéis, às vésperas de renunciar, no dia 28, Bento XVI pediu uma "verdadeira renovação" na Igreja Católica Apostólica Romana. Para especialistas, o apelo do papa foi uma reação à insatisfação dele pelas divergências internas na Igreja, inclusive com assessores próximos.