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O grupo de especialistas das Nações Unidas encarregado de investigar o possível uso de armas químicas na Síria entrou nesta quarta-feira (25) no país árabe e já chegou em Damasco, informou uma fonte da ONU. A equipe permanecerá por quatro dias no país para concluir seu trabalho. Os investigadores chegaram à Síria por terra em um comboio de vários veículos, que cruzou a fronteira com o Líbano.

A missão, liderada pelo cientista sueco Ake Sellström, deve se reunir com responsáveis do Ministério das Relações Exteriores da Síria, mas não comprovará, nem vai verificar o arsenal químico do regime de Bashar al Assad. A fonte acrescentou que nesta viagem, os especialistas vão analisar com o governo sírio assuntos "técnicos e logísticos", antes dos trabalhos de campo, que acontecem no final da próxima semana.

O grupo, que conta com especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), visitou a Síria em agosto e encontrou "provas claras e convincentes" do uso de gás sarin no ataque na periferia da capital.

O regime negou ter cometido esse ataque, apesar das acusações dos EUA, que esteve a ponto de realizar uma intervenção militar na Síria e que, por enquanto, foi evitada graças ao plano proposto por Moscou, e estipulado com Washington, para destruir o arsenal químico de Damasco.

Em comunicado, a ONU explicou que nesta ocasião a equipe de especialistas vai coletar provas sobre um suposto ataque com armas químicas no dia 19 de março na cidade de Khan al Assal, na província de Aleppo, que foi tomada pelos rebeldes em julho.

A Rússia entregou no dia 9 de julho à ONU os resultados de uma investigação independente na qual assegurou ter verificado que a oposição síria utilizou agentes químicos nesse ataque. A tarefa dos inspetores é determinar se foi utilizado armamento químico, mas não quem foram os responsáveis pelo mesmo.

Alguns países ocidentais e da região atribuem toda a responsabilidade do uso de armas químicas ao regime sírio. Já os governos de Damasco e Moscou culpam a oposição armada.

A Síria solicitou há duas semanas a adesão à Convenção sobre as Armas Químicas e no dia 14 de outubro se transformará no Estado membro número 190 da Opaq.

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