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Joe Biden, vice-presidente dos EUA, acena durante visita à Ucrânia na qual discutiu medidas para tentar encerrar conflitos | Valentyn Ogirenko/Reuters
Joe Biden, vice-presidente dos EUA, acena durante visita à Ucrânia na qual discutiu medidas para tentar encerrar conflitos| Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters

Exercícios

Exército americano enviará 600 soldados ao Leste Europeu

Reuters

Os Estados Unidos vão enviar cerca de 600 soldados norte-americanos para a Polônia e os três Estados bálticos para participar de exercícios nos próximos dias, a fim de tranquilizar os aliados da Otan após a tomada da região ucraniana da Crimeia pela Rússia, disse o Pentágono ontem.

O contra-almirante John Kirby, um dos principais porta-vozes do Departamento de Defesa, afirmou que os exercícios bilaterais previstos para Polônia, Letônia, Lituânia e Estônia estavam além do cronograma de treinamento regular e foram adicionados devido aos acontecimentos na Ucrânia.

"Os Estados Unidos levam a sério nossas obrigações nos termos do artigo 5º da aliança da Otan, ainda que estes não sejam exercícios da Otan", disse Kirby. "É uma representação muito tangível do nosso compromisso com nossas obrigações de segurança na Europa."

Ameaça

Avião ucraniano é alvo de disparos ao sobrevoar Slaviansk

Efe

Um avião da Força Aérea da Ucrânia foi alvo de disparos ontem quando sobrevoava a cidade de Slaviansk, um dos redutos da revolta pró-Rússia e contra o governo de Kiev na região de Donetsk, informou o Ministério da Defesa do país.

"Desconhecidos dispararam com armas de fogo contra um An-30 da Força Aérea que realizava um voo de reconhecimento", denunciou o ministério em um comunicado divulgado pela agência Unian. Várias balas atingiram a aeronave, mas nenhum tripulante ficou ferido. O avião retornou a sua base em Kiev sem maiores contratempos, segundo o governo. Os aviões An-30 são utilizados habitualmente com fins de mapeamento.

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ontem à Rússia que atue para persuadir os "separatistas" a depor as armas e desocupar os prédios públicos que tomaram.

Jogatina

O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou uma proposta de lei para tornar a Crimeia uma zona legal de jogo. Com a medida, ele pretende combater a pobreza na península do Mar Negro, anexada em março pela Rússia. A Federação Russa tem apenas quatro zonas onde o jogo é permitido, definidas por uma lei de 2009 destinada a limitar o jogo nas grandes cidades e a promover o crescimento econômico em zonas remotas. Se a lei for aprovada, a Crimeia será a quinta zona legal de jogo, juntamente com as regiões de Altai, Krasnodar e Primorsky e o enclave de Kaliningrado.

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Em visita à Ucrânia ontem, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mandou um recado ao governo russo: é hora de cumprir as promessas para ajudar a reduzir a tensão no leste ucraniano. "Está na hora de parar de falar e começar a agir em cima dos compromissos", disse Biden, em pronunciamento após reunião em Kiev com o primeiro-ministro Arseni Yatseniuk. A visita dele é um dos gestos políticos mais explícitos do apoio americano ao governo da Ucrânia.

Biden afirmou ainda que os EUA apoiam as reformas políticas que o governo ucraniano tem prometido – mais cedo, a Casa Branca confirmou uma ajuda de US$ 50 milhões para a Ucrânia, sendo que US$ 11 milhões serão para auxiliar na organização das eleições presidenciais convocadas para 25 de maio. Além dos US$ 50 milhões, mais US$ 8 milhões serão destinados à estrutura militar não-letal, como veículos e rádios de comunicação.

Os EUA acusam a Rússia de estar por trás dos movimentos separatistas que tomam conta do leste do país há pelo menos duas semanas. "A Ucrânia é e deve permanecer como um país", disse Biden.

O vice-presidente reafirmou que é necessário o recuo das tropas russas que estão próximas à fronteira com a Ucrânia e repetiu que os americanos não reconhecem a recente anexação da Crimeia por Moscou. "Nenhuma nação tem o direito de tomar o território de outra", disse. E avisou o governo ucraniano: "Vocês não caminharão sozinhos nessa estrada. Nós estaremos com vocês."

Acordo

Na última quinta-feira, um acordo foi celebrado em Genebra envolvendo EUA, Rússia, Ucrânia e União Europeia, mas até agora essas negociações não deram resultados práticos. Os ativistas pró-Moscou se recusam a desocupar prédios públicos invadidos e forças pró-Kiev entraram em confronto com eles no último domingo, causando pelo menos três mortes.

Na segunda-feira, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, acusou a Ucrânia de violar o acordo por não desarmar os grupos de extrema-direita. Kiev afirma que Moscou também não tem cumprido sua parte de tentar coibir a ação dos separatista no leste.

Ucrânia vai retomar ação antiterrorismo

Agência Estado

O presidente da Ucrânia, Oleksander Turchinov, ordenou que as forças de segurança do país retomem as operações "antiterrorismo" no leste do país, que haviam sido suspensas após um acordo para amenização de tensões na região.

O pacto feito entre representantes da Ucrânia, Rússia, União Europeia e Estados Unidos na semana passada afirmava que todos os envolvidos no conflito deveriam evitar o uso da violência. Além disso, os prédios ocupados por ativistas em território ucraniano deveriam ser esvaziados. Contudo, os manifestantes pró-Rússia não aceitaram o acordo e alegaram que não fazem parte do pacto.

Tortura

De acordo com informações da BBC, a decisão do presidente foi tomada depois que dois homens, incluindo um político local, foram encontrados "torturados até a morte". O nome do político era Vladimir Rybak e o corpo foi encontrado perto da cidade de Slaviansk, que tem se tornado um dos principais focos de tensão entre forças oficiais e militantes pró-Rússia no Leste do país.

O autoproclamado prefeito de Slaviansk, Viacheslav Ponomariov, rejeitou na segunda-feira os acordos firmados pelos países e assegurou que estava à espera de que o presidente russo, Vladimir Putin, envie "forças de paz" para a região.

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