Embaixada do Chipe em Atenas, na Grécia, foi danificada pela explosão de uma bomba nas proximidades| Foto: ALKIS KONSTANTINIDIS/REUTERS

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade do ataque nesta terça-feira (24) em que um carro-bomba explodiu nos arredores de um hotel onde fiscais eleitorais estão hospedados no norte do Sinai, no Egito, matando quatro pessoas e deixando 14 feridos, disseram fontes médicas e de segurança.

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Um comunicado do Província do Sinai, braço egípcio do Estado Islâmico, circulou pelos apoiadores do grupo extremista no Twitter.

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“Um irmão em busca do matírio bateu com seu carro-bomba nas forças de segurança que protegiam o hotel Swiss Inn onde 50 fiscais estavam hospedados”, diz a mensagem dos extremistas.

As explosões na capital provincial de Al-Arish ocorreram um dia depois do segundo turno da eleição parlamentar nacional. Um suicida tentou entrar com um carro-bomba no hotel, mas forças de segurança abriram fogo contra ele, causando a explosão do veículo, informaram as fontes de segurança.

O suicida e três outros, dois policiais e um fiscal, morreram, disseram as fontes. Dois fiscais, sete policiais e cinco funcionários do hotel se feriram, acrescentaram as autoridades.

O Província do Sinai realizou atentados semelhantes na região com o objetivo de depor o governo do Cairo.

A televisão estatal egípcia também relatou o incidente. De início, a emissora e fontes de segurança afirmaram que um carro-bomba explodiu e depois uma segunda detonação atingiu a área cerca de dez minutos depois. Ambulâncias foram enviadas ao local, que foi interditado por soldados e policiais, segundo as fontes de segurança.

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Grécia

Também nesta terça-feira (24), uma bomba explodiu nas proximidades do escritório de uma federação empresarial, mas não deixou feridos, segundo a polícia. A explosão ocorreu por volta das 3h30 (hora local), perto da principal praça de Atenas, a Sintagma.

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Janelas ficaram quebradas na Federação das Empresas Gregas e em outros edifícios próximos, incluindo um hotel. A polícia já havia isolado a área antes da explosão, após dois telefonemas de alerta terem sido feitos para dois jornais gregos.

“As investigações estão em andamento, com a participação do esquadrão antiterrorismo”, afirmou uma autoridade policial nesta terça-feira.

A polícia acredita que o ataque foi cometido por um grupo de guerrilha urbana, na primeira ação do tipo desde que o governo liderado pelo partido de esquerda Syriza assumiu o poder, em janeiro, com a promessa de acabar com as medidas de austeridade exigidas pelos credores da Grécia. Desde então, o primeiro-ministro Alexis Tsipras concordou com um terceiro pacote de ajuda para o país, de até 86 bilhões de euros (US$ 91 bilhões), em troca de mais medidas de austeridade e reformas econômicas.

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Grupos de extrema-esquerda e anarquistas realizam há décadas ataques com bombas na Grécia, geralmente tendo como alvos bancos e grandes companhias.