• Carregando...
Peter Kassig havia se convertido ao islamismo e adotado o nome Abdul-Rahman: extremistas não poupam muçulmanos ocidentais | Divulgação/Efe
Peter Kassig havia se convertido ao islamismo e adotado o nome Abdul-Rahman: extremistas não poupam muçulmanos ocidentais| Foto: Divulgação/Efe
  • Soldado assume posição durante esquema de segurança montado contra ofensiva do EI no Iraque

O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou, em um vídeo postado na internet ontem, a execução do refém americano Peter Kassig, sequestrado na Síria em 2013.

Pouco depois, o presidente Barack Obama lançou um comunicado confirmando a morte do ex-militar americano que trabalhava com grupos de ajuda humanitária.

A fala de Obama foi a primeira confirmação oficial da morte de Kassig, que era muçulmano e havia adotado o nome Abdul-Rahman: fato destacado pelo presidente para mostrar que o EI mata também islâmicos.

"Foi um ato de pura maldade", disse Obama.

Nas imagens do vídeo, que mostra o quinto refém ocidental a ser morto, um homem mascarado aparece em pé ao lado de uma cabeça decepada, alegando ser ela de Peter Kassig.

"Jihadi John"

Este é Peter Edward Kassig, um cidadão americano (...)", afirma o homem mascarado de sotaque britânico, chamado de "Jihadi John" pela imprensa inglesa. Ele associou o último assassinato ao envio de conselheiros americanos para ajudar as tropas iraquianas na guerra contra o EI.

"Jihadi John" é o homem que aparece também nos vídeos das mortes dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff.

Dois britânicos, Alan Henning e David Haines, ambos trabalhadores humanitários, sofreram o mesmo destino dos americanos. Todos os reféns ocidentais foram sequestrados na Síria, país em guerra civil há mais de três anos.

Ainda na gravação de ontem, de 15 minutos, combatentes do EI são mostrados decapitando 15 homens apresentados como soldados do regime sírio de Bashar al-Assad.

De acordo com os pais de Kassig, por intermédio de um porta-voz, o filho foi feito refém no caminho para a cidade de Deir al-Zor, no leste da Síria, em 1.º de outubro de 2013.

Ex-soldado no Iraque, Kassig realizava trabalho humanitário para a Special Emergency Response and Assistance, uma organização fundada em 2012 para ajudar sírios.

Ele apareceu no vídeo lançado em 3 de outubro; da decapitação de um outro refém do Estado Islâmico, o britânico Alan Henning, em que os jihadistas ameaçam matá-lo em retaliação aos ataques aéreos americanos na Síria e no Iraque.

15 minutos

O vídeo divulgado na manhã de ontem pelo Estado Islâmico tem 15 minutos de duração e mostra mais uma vez o extremista encapuzado que a imprensa britânica chama de "Jihadi John".

Cinco

Ao todo, cinco ocidentais foram executados em vídeos do Estado Islâmico: três americanos (dois jornalistas e um trabalhador humanitário) e dois britânicos (ambos também com equipes de ajuda humanitária).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]