Produtos como papel higiênico estão sumindo das prateleiras dos supermercados do país| Foto: Jorge Silva / Reuters

O governo do segundo estado mais povoado da Venezuela, Zulia, na fronteira com a Colômbia, irá restringir, a partir da próxima semana, a compra de 20 produtos de primeira necessidade sujeitos a controle de preços. "É só no estado de Zulia e não é racionamento", enfatizou Raimundo Ucchega, porta-voz do Ministério da Informação e da Comunicação da Venezuela. "Trata-se de uma medida concentrada em Zulia com o objetivo de controlar o contrabando", justificou.

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Ainda precisam ser definidos detalhes, entre eles a quantidade e a periodicidade das compras que serão permitidas a cada família, disse Blagdimir Labrador, secretário-geral de governo do estado.

A administração do governador Francisco Arias Cárdenas projetou um sistema que registrará as compras de modo a impedir que a mesma pessoa vá no mesmo dia comprar o mesmo produto restrito em outro estabelecimento. O sistema ajudará a "monitorar e limitar a compra de 20 produtos com preços regulados, entre eles o arroz, o franco e a farinha de milho", declarou Labrador.

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Além de Zulia, o estado de Táchira, que também faz fronteira com a Colômbia, instalou chips nos carros emplacados na região para limitar a compra de gasolina, também com o objetivo de fazer frente ao contrabando de combustível.

A medida adotada em relação aos itens básicos, porém, coincide com a escassez de alguns alimentos e outros produtos de primeira necessidade, como o papel higiênico, e com o aumento da inflação, que em abril acumulava alta de 29,4% em 12 meses.