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O Pentágono criou um grupo especial para planejar um ataque com bombas contra o Irã, que entraria em ação 24 horas depois de receber o sinal verde do presidente americano, George W. Bush, revelou neste domingo a imprensa.

Na edição que será publicada no próximo dia 4 de março no semanário americano "The New Yorker", adiantada neste domingo por diversos meios de comunicação americanos, a publicação destaca que o grupo criado depende do Estado Maior conjunto dos Estados Unidos.

Apesar da informação, Bryan Whitman, um porta-voz do Pentágono, disse que "os Estados Unidos não têm previsão de ir à guerra contra o Irã. Sugerir qualquer coisa contrária é cometer um equívoco".

Os EUA foram "muito claros em relação a suas preocupações sobre as atividades específicas do governo iraniano. O presidente (Bush) reiterou publicamente que trabalharemos com nossos aliados na região para tratar estas preocupações através dos esforços diplomáticos", acrescentou.

O semanário, que cita como fonte um alto oficial do Exército, indica que o grupo especial foi criado há alguns meses para se concentrar no planejamento da destruição das instalações nucleares iranianas e desbancar o governo do Teerã.

Recentemente, esse grupo foi encarregado de identificar acontecimentos no Irã que estariam envolvidos em apoiar ou ajudar militantes no Iraque, segundo um assessor das Forças Aéreas e um consultor do Pentágono, citados, sob anonimato, por "The New Yorker".

O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, manifestou no sábado em uma conferência em Sydney (Austrália), depois de se reunir com o primeiro ministro australiano, John Howard, que "todas as opcões estão sobre a mesa" em relação ao Irã.

- Eu destaquei e o presidente (Bush) também destacou, que todas as opções ainda estão sobre a mesa ... e ainda está sendo discutido qual será o próximo passo - disse Cheney.

Os Estados Unidos, acrescentou, "está profundamente preocupado" com as atividades do Irã, "vemos como uma nação que foi agressiva no Oriente Médio, e uma grande encorajadora do Hezbolah (grupo armado libanês simpatizante do Irã)".

Por sua vez, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, em resposta neste domingo ao presidente do Irã, Mahmud Ahmadineyad, disse que o país precisa de "um botão de pare" para seu programa nuclear e que está disposta a se reunir com seu colega iraniano se o Teerã suspender suas atividades atômicas.

A resposta direta de Rice chega depois de que Ahmadineyad reiterou neste domingo que seu país não abandonará seu programa atômico, ao afirmar que "o trem do desenvolvimento nuclear não tem freio nem marcha ré".

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