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Os Estados Unidos e a Colômbia concluíram um acordo de livre comércio após quase dois anos de intensas negociações. O ministro colombiano do Comércio, Jorge Humberto Botero, disse que as negociações foram concluídas às 5h na madrugada desta segunda-feira, pelo horário local em Washington.

- Estamos entregando ao país um acordo muito positivo - afirmou Botero.

A rodada final das negociações, iniciada em 17 de fevereiro, deveria ter sido concluída na noite de sábado, mas se estendeu por todo o fim de semana devido às divergências entre os negociadores de ambos os lados em temas como as quotas de açúcar. Os setores agrícola e pecuário, e uma série de medidas fitossanitárias e zoossanitárias atrasaram também a assinatura do tratado.

- Numa negociação comercial na qual cada parte vela por seus interesses, obviamente, as concessões são recíprocas - comentou Botero, acrescentando que o presidente colombiano, Álvaro Uribe deverá falar à nação na noite desta segunda-feira para falar sobre o tratado.

- Para a Colômbia, é muito mais importante acessar ao mercado dos Estados Unidos do que os americanos conquistarem o acesso ao mercado da Colômbia, embora nosso mercado tenha também importância para eles - avaliou o ministro.

Botero enfatizou que o acordo firmado nesta madrugada constitui a "negociação do processo" e que nas próximas semanas representantes dos dois países terão que consolidar os textos finais em inglês e em espanhol. O texto oficial será submetido a uma revisão legal e o anteprojeto tem que ser aprovado pela Corte Constitucional da Colômbia. Botero anunciou que será publicado na imprensa colombiana nos próximos dias um resumo do acordo, e que o texto na íntegra do anteprojeto será disponibilizado nas próximas semanas na Internet "para que o público possa conhecê-lo".

O representante comercial dos Estados Unidos, Rob Portman, emitiu um comunicado sobre o acordo ressaltando a importância deste acordo para os planos que o país tem considerando sua estratégia regional. Os Estados Unidos iniciaram negociações com as nações andinas de Colômbia, Peru e Equador em maio de 2004, conseguiram um acordo com o Peru em dezembro. Agora, as negociações prosseguem com o Equador enquanto a Bolívia, que ocupa o papel de nação observadora, poderia integrar posteriormente em parte o acordo comercial.

"Um convênio com a Colômbia é um componente essencial em nossa estratégia regional para avançar num pacto de livre comércio em nosso hemisfério, combater o narcotráfico, construir instituições democráticas e promover o desenvolvimento econômico", diz o comunicado emitido pelo departamento comercial do governo americano.

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