O governo do presidente de Honduras, Porfírio "Pepe" Lobo, tenta, por meio dos Estados Unidos, uma reaproximação com os países vizinhos para sair do isolamento internacional em que se encontra.

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Na quarta-feira (28), a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores hondurenho, Mario Canahuati, na tentativa de encerrar o impasse. Para Hillary, os esforços do presidente colaboram para acabar com a crise iniciada pelo golpe de Estado que depôs o ex-presidente Manuel Zelaya, em 2009.

"Acho que as medidas que o presidente Lobo e do seu governo têm tomado merecem o nosso apoio. Nós queremos trabalhar com o governo e o povo de Honduras para recuperá-los totalmente no caminho da democracia, do Estado de Direito e da boa governabilidade", disse Hillary, segundo dados do Departamento de Estado norte-americano.

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A reação de Hillary ocorre no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou Lobo por ter anistiado os militares que apoiaram o golpe de Estado, mas não concedeu perdão a Zelaya e seus correligionários.

"Em Honduras aconteceu uma coisa fantástica: o novo governo anistiou os militares, mas não anistiou o presidente deposto. É uma coisa que o multilateralismo terá de ajudar a encontrar uma solução", disse Lula ontem (28), antes de almoço oferecido ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no Itamaraty.

Hillary lembrou que há algumas semanas conversou com "Pepe" Lobo e elogiou o trabalho que ele vem fazendo para tentar melhorar a qualidade de vida da sociedade de Honduras. "Tive uma longa conversa, há algumas semanas, com o presidente Lobo sobre seus planos para tentar melhorar o padrão de vida e a qualidade de vida do povo hondurenho ao lidar com o tráfico de drogas e o crime organizado", disse ela.

Em 28 de junho de 2009, uma junta militar com o apoio de integrantes do Congresso Nacional e da Corte Suprema de Honduras depuseram Zelaya. O ex-presidente foi obrigado a deixar o poder e o país. Depois, em setembro, retornou a Honduras e abrigou-se na Embaixada do Brasil por quase quatro meses. De lá, ele saiu para a Costa Rica onde ainda se encontra.

O golpe de Estado que depôs o ex-presidente provocou o isolamento de Honduras na comunidade internacional e sua suspensão da Organização dos Estados Americanos (OEA). O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lidera o processo de negociação para encerrar a crise política no país.

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