Estrangeiros são seqüestrados na Etiópia

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Pelo menos 15 turistas e diplomatas, incluindo franceses, britânicos e italianos, foram seqüestrados na Etiópia, provavelmente por rebeldes separatistas da região de Afar. A informação do desaparecimento foi divulgada ontem pelo Ministério do Exterior britânico e a confirmação de seqüestro foi dada pela polícia etíope. No grupo do Reino Unido estariam britânicos da embaixada na Etiópia e funcionários do governo.

Autoridades afirmam que o grupo foi seqüestrado em uma região remota no nordeste do país, a cerca de 800 quilômetros da capital, Adis-Abeba. A maior parte dos turistas é da França. O grupo viajava pelo Deserto de Afar, um dos mais quentes e hostis do mundo.

— O governo está monitorando a situação — disse um porta-voz do Ministério da Informação etíope.

Uma segunda versão diz que dois grupos — um formado por dez turistas franceses, e outro por cinco pessoas, entre britânicos, franceses e italianos — desapareceram em regiões diferentes do deserto.

Diplomatas franceses na Etiópia confirmam que pelo menos parte dos turistas foi seqüestrada.

— Com certeza ocorreu um seqüestro na noite de quarta-feira — disse o embaixador francês na Etiópia, Stephane Gompertz.

Segundo uma fonte do governo francês, um integrante do grupo conseguiu escapar e usou um telefone via satélite para alertar as autoridades em Paris.

— Ninguém sabe o que realmente está acontecendo porque a região é muito isolada e inóspita. Os diplomatas estão lutando para ter informações mais precisas — disse.

Os turistas franceses estariam acampando em uma expedição organizada pela em$Origins Ethiopia, baseada no Quênia. Correspondentes na Etiópia afirmam que vários motoristas e guias etíopes também estão desaparecidos.

Afar é um deserto conhecido por seu terreno difícil, pela ação de bandidos e de um grupo rebelde separatista, apontado como principal suspeito do seqüestro.

— Turistas mais corajosos costumam participar de expedições no Vale de Danakil, conhecido por suas minas de sal e vulcões ativos. Informações indicam que uma parte dos estrangeiros desapareceu quando se dirigia para essa região — disse a fonte francesa.