Estudantes tomaram as ruas do centro da capital britânica para contestar a política educacional do primeiro-ministro David Cameron| Foto: Andrew Winning/Reuters

Educação gratuita

Universitários e secundaristas chilenos pressionam os congressistas

Estudantes de várias partes do Chile se dirigiram ontem a Valparaíso para pressionar o Congresso por aprovação de melhorias na educação do país.

O protesto reuniu 6 mil universitários e secundaristas, segundo a polícia, e 30 mil de acordo com os estudantes.

Depois de mais de seis meses de protestos em todo o Chile por uma educação pública gratuita e de qualidade, a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) convocou o protesto de ontem em Valparaíso, enquanto o Congresso discute o orçamento da Educação de 2012, que inclui um aumento de 7,2%, considerado insuficiente por estudantes e reitores.

Os estudantes consideram "insuficiente" o aumento dos recursos para o próximo ano, já que aspiram a uma reforma estrutural do sistema educativo chileno, surgido durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), quando foi reduzido a menos da metade o aporte público à educação, e houve fomento à inclusão dos privados.

Inicialmente, os estudantes rejeitaram uma mesa de diálogo com o Congresso e priorizaram a negociação com o governo, mas esta foi bloqueada desde o início devido à percepção dos estudantes de que apesar de o Executivo ter proposto redução nos juros dos financiamentos e mais bolsas de estudo, não cedeu a mudanças mais profundas.

A busca de soluções para o conflito, que se mantém com contínuas marchas e a ocupação de algumas escolas e universidades, foi levada agora ao Parlamento, enquanto os estudantes mostraram uma aproximação da oposição de centro-esquerda, com a qual se reuniram em duas ocasiões sem definir propostas nem termos concretos da relação.

AFP

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Uma marcha de estudantes to­­mou as ruas do centro de Lon­­dres ontem, no mais recente protesto contra as medidas de austeridade e a política educacional do governo liderado pelos conservadores. Vinte manifestantes foram presos pela polícia.

Um grupo de manifestantes separou-se da rota principal e montou mais de 20 tendas na base da coluna Nelson, em Trafalgar Square, espelhando o acampamento de manifestantes anticapitalistas do mês passado na Catedral de São Paulo. A polícia foi para a praça e fez uma série de detenções, en­­quanto desocupava um dos locais turísticos mais populares de Lon­­dres.

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Um grande número de policiais escoltava os manifestantes da marcha principal pelas ruas em direção ao ponto principal do protesto, no distrito financeiro da cidade. Quatro protestos de estudantes no fim do ano passado re­­sultaram em confrontos com a polícia, invasões a prédios públicos e na sede do Partido Conser­­vador – além de quase 400 detenções.

Calculava-se que até 10 mil pessoas de toda a Grã-Bretanha participassem da manifestação contra a política de educação do governo de coalizão. As estimativas iniciais da polícia, porém, sugeriam um número menor.

Esse foi o maior protesto em Londres desde que a capital e ou­­tras cidades inglesas enfrentaram quatro dias de tumulto em agosto, no pior episódio de violência urbana em décadas.

Os manifestantes ergueram faixas denunciando os aumentos nas taxas escolares. "Educação para os 99%", lia-se em uma delas. Outras ecoaram a mensagem anticapitalista do acampamento Ocu­­pe Londres, diante da Catedral de São Paulo, exigindo: "Tirem a ri­­queza do 1%."

Os estudantes estão revoltados com os planos do governo que, argumentam eles, levam à privatização da educação superior, e com a decisão tomada no ano passado de elevar as taxas escolares e cortar as bolsas aos adolescentes mais pobres.

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Os manifestantes também adotaram uma agenda mais ampla para incluir a oposição à reforma do estado de bem-estar, parte do pacote de austeridade para ajudar a reduzir o déficit orçamentário, que atingiu quase 11 por cento do produto interno bruto.

Apesar de trazerem mensagens comuns com as divulgadas pelo movimento Ocupe Londres, os estudantes não integram o acampamento da Catedral de São Paulo.