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Estudante usa máscara durante manifestação em defesa do ensino gratuito, no centro de Santiago. Houve confrontos com a polícia e prisões de universitários | Felipe Trueba/EFE
Estudante usa máscara durante manifestação em defesa do ensino gratuito, no centro de Santiago. Houve confrontos com a polícia e prisões de universitários| Foto: Felipe Trueba/EFE

Pelo menos 60 manifestantes foram presos no Chile durante um protesto estudantil na manhã de ontem em Santiago. O protesto tomou as principais ruas da capital e marcou a retomada das manifestações contra os lucros no ensino privado, iniciadas em 2011. Um policial ficou ferido e um menor foi detido com um coquetel molotov.

Em outubro do ano passado, cerca de 10 mil alunos realizaram ao menos 14 protestos em Santiago, que colocaram em xeque o governo do presidente Sebastián Piñera.

Manuel Erazo, porta-voz dos universitários, reclamou da repressão policial e da mudança do percurso, realizado na última hora. Os estudantes exigem educação gratuita e fim do lucro das instituições de ensino.

"Queremos o fim dos lucros e isso significa acabar com os empresários da educação", disse Erazo a jornalistas.

De acordo com o coronel Hugo Inzulza, do Controle de Ordem Pública, a maioria dos estudantes não causou tumultos, mas "um grupo antissistema lançou bombas e os policiais tiveram que agir".

O ministro de Interior, Andrés Chadwick, voltou a criticar as manifestações e defendeu a ação policial.

"Novamente um grupo de estudantes se sente no direito de causar desordem e danos à propriedade, alterar o trânsito e gerar violência", afirmou.

Uma estudante brasileira presente na marcha conta que o clima era tenso. Jovens também protestaram no porto de Valparaíso.

"Estava no ponto final da manifestação, próximo à Universidade Central, quando dois carros blindados passaram jogando gás lacrimogêneo para dispersar os estudantes", contou Michele Mendes, aluna da Universidade Central do Chile.

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