• Carregando...
O ditador norte-coreano, Kim Jong-un: país comunista fez entrega de armas, incluindo foguetes e mísseis de infantaria, que não chegaram ao Exército russo, segundo a Casa Branca
O ditador norte-coreano, Kim Jong-un: país comunista fez entrega de armas, incluindo foguetes e mísseis de infantaria, que não chegaram ao Exército russo, segundo a Casa Branca| Foto: EFE/EPA/KCNA

A Coreia do Norte entregou um pacote de armas, incluindo foguetes e mísseis de infantaria, à empresa privada russa Wagner, um sinal de que esse grupo paramilitar está aumentando sua influência na guerra na Ucrânia, disse um dos porta-vozes da Casa Branca, John Kirby, nesta quinta-feira (22).

Ele explicou que a Coreia do Norte fez a entrega no mês passado e que a empresa russa não repassou as armas ao governo russo, de acordo com dados da inteligência americana.

Kirby explicou que a entrega de foguetes e mísseis ao grupo Wagner não vai mudar a dinâmica do conflito, mas a Casa Branca está preocupada que Pyongyang possa fazer mais remessas de armas.

Os EUA acreditam que as ações do país asiático violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e Kirby disse que o governo de Joe Biden, juntamente com seus aliados, vai propor ações dentro da ONU para condenar essa entrega de armas ao grupo Wagner.

De acordo com o porta-voz, a inteligência americana concluiu que o presidente russo, Vladimir Putin, está confiando cada vez mais na empresa paramilitar para o conflito na Ucrânia.

Já a empresa paramilitar estaria tendo dificuldades para encontrar mercenários dispostos a lutar na guerra na Ucrânia e, portanto, começou a alistar prisioneiros russos, incluindo alguns com doenças graves ou outros problemas de saúde, segundo Kirby.

De acordo com dados dos EUA, o Wagner tem atualmente 50 mil membros atuando na Ucrânia, incluindo 10 mil contratados e 40 mil prisioneiros.

Alguns desses detentos não têm experiência militar, por isso estão cometendo graves violações dos direitos humanos e morrendo no campo de batalha em grande número.

Especificamente, dos mil membros do grupo Wagner que morreram nas últimas semanas, Washington estima que 90% eram prisioneiros, afirmou Kirby, que acusou o empresário russo Yevgeniy Prigozhin, dono da empresa, de “não ter consideração pela vida humana” e de enviar russos para o “moedor de carne”.

Em resposta, os EUA impuseram uma série de restrições comerciais ao grupo Wagner para impedi-lo de ter acesso a tecnologias americanas, explicou Kirby.

Em paralelo, poucos minutos após o anúncio de Kirby, o Departamento de Estado dos EUA anunciou sanções contra dez entidades navais russas às quais acusa de realizar ataques contra portos ucranianos.

Estas sanções se somam às ações que Washington tem tomado contra a Rússia desde o início da guerra, incluindo medidas para restringir seu acesso ao mercado financeiro internacional e restringir suas exportações de energia.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]