Preocupados com combatentes estrangeiros da Síria e do Iraque, os Estados Unidos impuseram medidas de segurança mais restritivas para viajantes de países, na maioria da Europa e da Ásia, cujos cidadãos não precisam de visto para entrar em território norte-americano.
O secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, disse que pessoas oriundas de países do Programa de Isenção de Vistos vão precisar fornecer informações adicionais em um documento eletrônico que precisam responder para poderem ter permissão de entrada.
"Estamos adotando esta medida para melhorar a segurança do Programa de Isenção de Vistos, para saber mais de viajantes de países que não precisam de visto", disse Johnson em comunicado oficial.
A movimentação foi em resposta à ameaça de segurança gerada pela radicalização de militantes estrangeiros lutando na Síria com vistos de países ocidentais, o que não despertaria suspeitas em aeroportos ou em postos de fronteiras.
Ao todo, 38 países participam do Programa de Isenção de Vistos (VWP, da sigla em inglês), incluindo Reino Unido, França, Alemanha e outros países europeus além de Japão, Taiwan, Singapura e Coreia do Sul, de acordo com o Departamento de Estado.
"O departamento está preocupado com os riscos inerentes à situação na Síria e no Iraque, onde o aumento da instabilidade atraiu milhares de combatentes estrangeiros, incluindo vários de países com VWP", disse uma autoridade do departamento, que pediu anonimato.
O funcionário citou casos em que pessoas viajaram da Síria para a Europa e realizaram ataques, incluindo um tiroteio em um museu na Bélgica em maio, assim como ameaças públicas contra os EUA em resposta ao envolvimento do país no Iraque.
Militantes do Estado Islâmico divulgaram vídeos com a decapitação de civis norte-americanos e culparam os ataques aéreos norte-americanos por suas ações. Para viajar sem visto destes países, os viajantes precisam ser aprovados por um sistema online chamado Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem (ESTA, da sigla em inglês) e pagar uma taxa.
Sob as regras que passam a valer a partir desta segunda-feira (3), as pessoas destes países precisam fornecer informações adicionais, como dados do passaporte, informações de contato e outros nomes usados, no documento enviado pelo ESTA, disse Johnson.
O funcionário do departamento disse que os dados adicionais vão ajudar as forças de segurança a identificar ameaças aos EUA e evitar a entrada de suspeitos de terrorismo. "Estamos confiantes de que essas mudanças não vão atrapalhar o comércio e o turismo legal entre o nosso país e nossos aliados no Programa de Isenção de Vistos", afirmou Johnson.
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