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Washington - Pesquisadores de uma empresa privada afirmaram, ontem, que receberam autorização para realizar os primeiros testes nos Estados Unidos para tratamentos com células-tronco embrionárias humanas. Segundo o presidente da empresa de biotecnologia Geron, Thomas Okarma, a FDA (Food and Drug Administration – agência federal americana responsável pelo controle de alimentos e questões de saúde) aprovou os testes. Serão usadas células-tronco humanas liberadas em 2001 para estudos pelo ex-presidente George W. Bush, que se opunha à sua utilização, alegando restrições morais e religiosas.

Os primeiros testes serão realizados a partir de meados do ano com até 10 pacientes com lesões na medula espinhal. O objetivo principal será verificar se injetar células-tronco embrionárias nos pacientes é seguro, mas Okarma disse à rede de televisão americana CNN que os pesquisadores também vão procurar sinais de recuperação. Cientistas vão monitorar os pacientes por um ano para verificar se recuperaram alguma atividade nas áreas lesadas.

"Se houver qualquer movimento sob a lesão, eles vão medi-lo e registrá-lo", disse o presidente da Geron à CNN.

Os pacientes que participarão dos testes apresentam lesões há no máximo 14 dias, que os deixaram completamente paralisados entre a terceira e a décima vértebras. Segundo a CNN, os testes usarão células-tronco coletadas de embriões que não foram aproveitados em clínicas de fertilização e seriam descartados.

As células-tronco embrionárias, que podem se transformar em qualquer célula do corpo humano, são coletadas de embriões com até cinco dias de formação que são destruídos após a coleta destas células, levando críticos a afirmarem que este processo interrompe uma vida. A polêmica nos EUA em torno da questão levou à proibição total do uso de recursos públicos nas pesquisas com células-tronco embrionárias até 2001, quando Bush autorizou recursos apenas para estudos com células já existentes.

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