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Os Estados Unidos e o Camboja acertaram nesta segunda-feira em retomar negociações para resolver o problema de uma dívida de 445 milhões de dólares acumulada no início dos anos 1970 pelo regime militar cambojano, apoiado pelo governo norte-americano.

Em sua primeira visita ao país, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que enviaria uma equipe para reiniciar as conversações sobre o assunto, realizadas pela última vez em 2006. O tema segue como fator de desentendimento entre os dois países, apesar de as relações bilaterais terem de modo geral melhorado.

O primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, quer que os EUA perdoem o débito, definido por ele como "dívida suja" contraída pelo governo militar de Lon Nol, que tomou o poder em 1970, em um golpe apoiado pelo governo norte-americano.

Lon Nol foi derrubado em 1975 pelo regime brutal, ultramaoísta do Khmer Vermelho, durante o qual se estima que 1,7 milhão de pessoas tenham sido mortas em menos de quatro anos.

"Nós queremos muito ver esta questão resolvida e, como disse sua excelência, de acordo com os princípios do Clube de Paris e a serviço do desenvolvimento do Camboja", disse Hillary em uma entrevista à imprensa, ao lado do primeiro-ministro e do chanceler Hor Namhong.

Antes, em conversa com estudantes cambojanos, Hillary pareceu aludir à possibilidade de os EUA usarem o dinheiro do pagamento da dívida para financiar programas educacionais e para o meio ambiente no Camboja.

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