O Departamento de Estado dos Estados Unidos declarou que o país está "profundamente perturbado" com a notícia da morte da ativista de direitos humanos Cao Shunli, 52, em um hospital de Pequim na última sexta.
Presa formalmente desde outubro do ano passado sob suspeita de "incitar brigas e provocar problemas" - de acordo com a Human Rights Watch da China -, a militante tinha tuberculose e uma doença hepática, entre outros problemas de saúde.
A informação foi divulgada por meio de seus advogados. Para eles, Shunli morreu na prisão após ter tratamento médico negado por meses.
De acordo com Wang Yu, um dos advogados, e Hu Jia, um dissidente, quando as autoridades finalmente permitiram que ela fosse encaminhada para um hospital em Pequim, ela morreu.
Em junho, Shunli e outros ativistas participaram de um protesto não violento que consiste em ocupar um espaço público sentado no chão.
Durante dois meses, eles permaneceram em frente ao Ministério das Relações Exteriores para pressionar o público a contribuir com um relatório de direitos humanos.
"Os Estados Unidos estão profundamente perturbados pelos relatos de que a ativista Cao Shunli faleceu em um hospital em Pequim. Oferecemos nossas condolências à sua família", declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
O irmão mais novo da ativista, Cao Yunli, disse que a família busca respostas acerca de sua morte e considera a possibilidade de processar o centro de detenção.
"Tuberculose não é uma doença nova ou especial que não pudesse ser tratada", disse ao telefone.