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Estados Unidos e Polônia anunciarão na semana que vem o desdobramento de forças terrestres americanas em território polonês como parte de uma expansão da presença da Otan na Europa Central e Oriental em resposta aos eventos na Ucrânia, antecipou nesta sexta-feira o jornal "The Washington Post".

O ministro da Defesa da Polônia, Tomasz Siemoniak, confirmou a informação ao jornal em uma visita à redação depois de se reunir com o secretário de Defesa, Chuck Hagel, na quinta-feira.

Após a publicação do jornal, o Pentágono não quis confirmar ainda nenhum anúncio.

"Como o secretário Hagel deixou claro, seguimos buscando formas de tranquilizar os aliados da Otan de nosso firme compromisso com a defesa coletiva em virtude do Artigo 5 (do tratado)", disse a respeito o porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby.

"Para isso, estamos considerando uma série de medidas adicionais para reforçar a preparação aérea, marítima e terrestre na Europa. Algumas dessas atividades serão de forma bilateral com países individuais da Otan. Alguns serão desenvolvidos ao longo da própria aliança", acrescentou Kirby.

No entanto, o porta-voz insistiu que o Pentágono "não tem nada específico que anunciar neste momento".

Siemoniak assegurou à publicação que a decisão foi tomada no plano político e que os planificadores militares estão trabalhando nos detalhes, que contemplarão uma cooperação mais intensa na defesa aérea, forças especiais, ciberdefesa e outras áreas.

"A Polônia terá um papel de líder na região, sob o patrocínio dos EUA", disse.

Mas o ministro da Defesa também assegurou que qualquer resposta imediata da Otan à agressão russa na Ucrânia, apesar de importante, importa menos do que uma mudança a longo prazo nas posturas de defesa da Europa e Estados Unidos.

Segundo considerou o polonês, Washington tem que "revirar" sua postura de novo para a Europa, após ter anunciado um "tour" na Ásia.

O Ocidente aprovou uma série de sanções contra a Rússia após sua decisão de anexar a península ucraniana da Crimeia e seus líderes políticos anteciparam que ditarão um novo pacote de medidas contra este país se decidir manter sua atitude perante a crise na Ucrânia.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, afirmou hoje que as autoridades de seu país não abrigam "excessivas expectativas" em relação ao documento assinado na quinta-feira em Genebra pela Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e a União Europeia (UE) para acabar com a crise.

Yatseniuk ressaltou que nenhum dos participantes da reunião de Genebra, salvo a Rússia, claro está, reconheceu a anexação da Crimeia por Moscou.

Como resultado da reunião, foi assinada uma declaração conjunta que inclui várias medidas para aliviar as tensões nas regiões de leste da Ucrânia, de maioria russo falante.

O desarmamento de milícias irregulares pró-Rússia e o despejo dos edifícios públicos que estas ocupam se soma ao compromisso do governo de aprovar uma anistia para os participantes dos protestos nas regiões russo falantes e empreender uma reforma constitucional para garantir seus direitos.

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