Em Quito, no Equador, manifestantes declaram apoio ao asilo político de Julian Assange concedido pelo país| Foto: AFP PHOTO / RODRIGO BUENDIA

As acusações do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres, de que os Estados Unidos realizam uma caça às bruxas são absurdas, afirmou nesta segunda-feira (20) a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

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Nuland disse que Assange "está claramente tentando desviar as atenções do centro da questão" do julgamento por abuso sexual do qual é acusado na Suécia, país que solicita a sua extradição.

Em sua primeira audiência pública desde que chegou à embaixada equatoriana em 19 de junho, Assange pediu no domingo aos Estados Unidos que parem a "caça às bruxas" contra o Wikileaks, ao mesmo tempo que agradeceu a Quito por ter tido a "coragem" de ter concedido asilo diplomático a ele.

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Nuland criticou o Equador por estar "tentando criar problemas" na Organização dos Estados Americanos (OEA), organismo que, a pedido de Quito, convocou para esta sexta-feira uma reunião de chanceleres para abordar o tema. A porta-voz reiterou a posição de Washington de que o caso de Assange é um assunto entre Londres, Estocolmo e Quito, e que "não é um tema apropriado para que ser discutido na OEA".

Estados Unidos, Canadá e Trinidad y Tobago foram os únicos três países a votar na sexta-feira passada (17) contra a realização da reunião de chanceleres da organização de 34 países membros. O Equador pediu a reunião para que a OEA se pronunciasse sobre supostas ameaças de Londres de entrar na embaixada para deter Assange, mas o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, já afastou essa possibilidade.

"Não vemos por que a OEA possa desempenhar um papel em uma situação hipotética, que não parece ser inminente", acrescentou Nuland.

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