Pessoas veem notícia envolvendo o presidente dos Estados  Unidos, Donald Trump, e líder norte-coreano, Kim Jong-un: impasse entre países continua| Foto: JUNG YEON-JE/ AFP

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul iniciaram nesta segunda-feira (4) um exercício militar conjunto com a participação de milhares de militares, em um ato que a Coreia do Norte disse deixar a região "à beira de uma guerra nuclear". A China e a Rússia pediram para que a ação, que acontece todos os anos, fosse cancelada, mas Seul e Washington decidiram manter o exercício, que contará com 230 aeronaves e mais de 12 mil militares americanos. 

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A ação acontece menos de uma semana depois de um novo teste de um míssil norte-coreano, feito na última quarta-feira (29). 

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O exercício seguirá até a próxima sexta-feira (8). Pequim tinha sugerido o fim dos exercícios militares entre americanos e sul-coreanos em troca do fim dos testes por Pyongyang, mas a proposta não foi aceita por nenhum dos lados. 

Durante o fim de semana, o jornal estatal norte-coreano criticou as manobras. "É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte, e deixa a região à beira de uma guerra nuclear", afirmou a publicação. 

"Os belicistas americanos e sua marionete sul-coreana fariam bem em recordar que seu exercício militar dirigido contra a Coreia do Norte será tão estúpido como um ato que precipita sua autodestruição", completou. 

O ministério norte-coreano das Relações Exteriores acusou no sábado (2) o governo de Donald Trump de "querer a guerra nuclear a qualquer preço" com a simulação. 

Guerra preventiva

No domingo (3) o senador republicano Lindsey Graham abriu a possibilidade de uma guerra preventiva contra a ditadura de Kim Jong-un. 

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"Se acontecer um teste nuclear subterrâneo, será necessário estar preparado para uma resposta muito séria dos Estados Unidos", disse o congressista em uma entrevista à rede de TV CBS. 

Ele defendeu ainda que a Casa Branca aconselhe que os americanos deixem a Coreia do Sul. 

As palavras de Graham foram um complemento às declarações de sábado do assessor de Segurança Nacional de Donald Trump, o general HR McMaster, que durante um fórum sobre defesa afirmou que a probabilidade de uma guerra com a Coreia do Norte "aumenta a cada dia". 

O regime norte-coreano realizou seis testes nucleares desde 2006, o mais recente deles em setembro. 

A Coreia do Norte lançou na quarta-feira passada (29) um novo tipo de míssil Hwasong 15, que pode atingir todo o território continental dos Estados Unidos. Segundo o ditador norte-coreano Kim Jong-un, com o teste o país alcançou o objetivo de tornar-se um Estado nuclear de pleno direito. 

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Os analistas consideraram que o mais recente teste mostra o avanço de Pyongyang na tecnologia militar, mas afirmaram que era muito provável que para o teste o país utilizou uma ogiva leve e que com uma ogiva nuclear mais pesada o míssil teria dificuldades para chegar tão longe. 

Também demonstraram ceticismo a respeito da capacidade da Coreia do Norte de preservar a sobrevivência das ogivas em sua reentrada na atmosfera.