Estados Unidos e Cuba discutirão na quinta-feira a possível retomada de um serviço postal direto há muito tempo suspenso, em outro pequeno passo em direção à construção de relações melhores após 50 anos de hostilidades.
Especialistas dizem que, assim como a maioria das coisas entre os inimigos ideológicos de longa data, há obstáculos potenciais e o resultado é incerto. Mas as negociações em Havana podem servir como um barômetro para o futuro das relações EUA-Cuba, afirmou Dan Erikson, do instituto Inter-American Dialogue, em Washington.
"Esse é um teste para ver se EUA e Cuba podem negociar entre si de alguma forma", disse ele à Reuters. "Se os dois lados não conseguirem entregar a correspondência, então todas as apostas serão contra em termos de melhorar outros aspectos da relação."
Um porta-voz norte-americano disse na quarta-feira que a delegação dos EUA será liderada por Bisa Williams, secretária de Estado adjunta para assuntos do Hemisfério Ocidental, e inclui representantes do Serviço Postal (Correios) dos EUA.
O porta-voz descreveu o encontro como "conversas exploratórias" sobre a possibilidade de reiniciar o correio direto.
O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodrigues, foi questionado sobre a reunião numa entrevista coletiva na quarta-feira, mas não respondeu.
Os EUA convidaram Cuba em maio para discutir os serviços postais como parte dos esforços do presidente norte-americano, Barack Obama, para melhorar as relações que se tornaram hostis pouco depois de Fidel Castro assumir o poder em Cuba na revolução de 1959.
Fidel, agora com 83 anos, passou a presidência a seu irmão mais novo, Raul Castro, de 78 anos.
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