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Estados Unidos e Israel realizarão no "final de outubro", durante três semanas, o maior exercício conjunto de defesa antimísseis, que havia sido adiado no mês de janeiro, com o objetivo de se preparar para a ameaça balística iraniana, anunciaram nesta quarta-feira (17) autoridades de ambos os países.

Participarão do exercício chamado "Austere Challenge 2012" cerca de 3.500 militares americanos e mil israelenses, afirmaram em uma audioconferência os responsáveis por este treinamento, o general americano Craig Franklin e o general israelense Nitzan Nuriel. Mil soldados americanos serão deslocados a Israel para estas manobras.

Este exercício deve permitir "melhorar a cooperação na defesa antimísseis de Israel, promover a estabilidade na região, e ajudar a garantir a superioridade militar" do Estado hebreu sobre seus vizinhos, segundo o oficial americano.

Os dois altos oficiais indicaram que, "embora o cenário do exercício seja inspirado na situação geral no Oriente Médio, não está relacionado com nenhum evento na região nem com "nenhuma eleição", em referência às eleições presidenciais nos Estados Unidos e às legislativas antecipadas em Israel.

"O exercício deve nos preparar para as ameaças que vêm de todas as frentes", assegurou o general Nuriel, indicando que "cada um vê a mensagem que quiser ver". "O fato é que nós estamos treinando, estamos trabalhando em conjunto, e essa é uma mensagem forte por si só", acrescentou

O Irã não foi mencionado, mas seu programa nuclear está no centro de todas as preocupações israelenses. O "Austere Challenge" havia sido adiado em janeiro "a pedido do governo israelense".

Nenhuma explicação foi apresentada sobre essa decisão, anunciada em um momento de tensão com Teerã sobre a liberdade de navegação no estreito de Ormuz, e enquanto Washington e Tel Aviv divergiam sobre como atuar frente à questão iraniana.

Ao longo do ano, os dois países manifestaram suas discordâncias sobre como tratar o tema do Irã. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acenou em várias oportunidades com a ameaça de um iminente ataque às instalações nucleares iranianas, enquanto o presidente Barack Obama pediu tempo para que as sanções surtissem efeito.

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