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Soldado iemenita faz a segurança da parte antiga da capital Sanaa: instabilidade se deve a insurgentes de dentro e fora do país | Patrick Baz/Arquivo AFP
Soldado iemenita faz a segurança da parte antiga da capital Sanaa: instabilidade se deve a insurgentes de dentro e fora do país| Foto: Patrick Baz/Arquivo AFP

Os EUA e o Reino Unido fecharam ontem suas embaixadas no Iêmen. Washington citou ameaças da Al-Qaeda da península Arábica, mesmo grupo que reivindicou autoria do ataque frustrado a um voo americano rumo a Detroit no Natal.

O site da Embaixada dos EUA informa que a representação na capital Sanaa está fechada "em razão de ameaças em curso feitas pela Al-Qaeda da península Arábica de ataque a interesses americanos no Iêmen’’.

Autoridades britânicas citaram a preocupação com a segurança, mas não confirmaram ameaças específicas.

A decisão de fechar a embaixada ocorreu um dia depois de o presidente dos EUA, Barack Obama, acusar a Al-Qaeda da península Arábica pela tentativa de ataque no Natal.

Obama afirmou que o grupo foi responsável pelo treinamento e pelo fornecimento de explosivos ao nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, que tentou se explodir no voo. E enfatizou a luta de seu governo contra o grupo.

Além disso, o chefe do Co­­mando Central dos EUA, ge­­neral David Petraeus, se reuniu com o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Salehon, na capital Sanaa, onde discutiram estratégias conjuntas para atacar o grupo terrorista.

Petraeus já anunciou que os EUA vão mais do que dobrar o envio de recursos para a segurança do Iêmen. No ano passado, foram enviados cerca de US$ 70 milhões, sem contar os recursos enviados como informação confidencial.

O Reino Unido anunciou que o premier Gordon Brown e Obama concordaram em dar apoio a uma unidade policial de contraterrorismo para lidar com as ameaças de ataques.

Brown já convocou uma cúpula internacional para discutir o terrorismo no Iêmen no dia 28 de janeiro em Londres, em paralelo a uma reunião sobre a situação no Afeganistão.

Novo front

O fechamento das embaixadas reforça a percepção de que o Iêmen se tornou um novo front para os EUA no combate ao terrorismo. O conselheiro de Seguran­ça Doméstica e Contraterrorismo, John Brennan, afirmou à rede de tevê ABC que a Al-Qaeda tem centenas de membros no Iêmen e que eles estão ganhando força. Segundo Brennan, eles representam uma ameaça real.

Em entrevista à Fox, Brennan afirmou que o grupo "estava mirando nossa embaixada e nosso pessoal e não vamos correr riscos com as vidas de nossos diplomatas e de outros’’.

Em setembro do ano passado, a Embaixada dos EUA no Iêmen foi atacada por um carro-bomba, o que resultou na morte de 19 pessoas.

A Embaixada da Espanha restringiu acesso ao público, mas permanece aberta. O governo recomenda aos espanhóis que não viajem ao Iêmen devido ao risco de atentados.

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