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ATENÇÃO LEITOR: Esta matéria é de 2006. Veja a cobertura completa sobre o ataque terrorista a Paris de 2015.

Os Estados Unidos e a Rússia anunciaram neste sábado medidas para evitar o terrorismo nuclear e impedir a proliferação de armas atômicas, numa demonstração de cooperação antes da cúpula das potências mundiais. O presidente dos EUA, George W. Bush, e o presidente russo, Vladimir Putin, divulgaram os planos antes da chegada dos outros líderes do G8 à cúpula que deverá discutir a violência no Oriente Médio, as ambições nucleares do Irã e o livre comércio global.

Apesar das relações frias entre EUA e Rússia, os dois presidentes tentaram projetar uma imagem de harmonia, minimizando as diferenças sobre o comprometimento russo com a democracia, as possíveis sanções ao Irã e como reagir aos conflitos entre Israel e o Hezbollah, no Líbano.

Referindo-se um ao outro pelo primeiro nome, Bush esforçou-se para proteger Putin das críticas do próprio governo norte-americano de que o líder do Kremlin não valoriza a democracia.

- Compreendo totalmente... que exista uma democracia de estilo russo. Não espero que a Rússia seja igual aos Estados Unidos. Como Vladimir pertinentemente me lembrou ontem à noite, são histórias diferentes, tradições diferentes - disse Bush.

Putin, um ex-espião da KGB conhecido por seu seco senso de humor, retrucou:

- É claro que não queremos uma democracia como a do Iraque, para ser honesto - disse Putin, depois que Bush citou o Iraque como país onde os Estados Unidos estão promovendo as liberdades democráticas.

Ressuscitando uma idéia que existe há algum tempo, os dois líderes anunciaram um plano para combater a ameaça global do terrorismo nuclear com medidas de controle sobre os materiais nucleares.

Separadamente, Bush apoiou um plano russo para prevenir a proliferação de armas atômicas criando centros internacionais de enriquecimento de urânio controlados pela Agência Internacional de Energia Atômica.

Os dois líderes também culparam a guerrilha Hezbollah pela ofensiva israelense no sul do Líbano. Bush disse que ele e Putin concordam sobre a questão dos programas nucleares do Irã e da Coréia do Norte. Mas Putin não respondeu a uma questão direta sobre a possibilidade de sanções contra o Irã - um ponto de divergência com Washington e outras potências ocidentais.

A cúpula do G8, que começa neste sábado, reúne, além dos EUA e da Rússia, os líderes da Grã-Bretanha, Japão, Canadá, Itália, França e a Alemanha. Termina na segunda-feira com uma declaração conjunta sobre temas mundiais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado para o evento.

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