Washington não ameaçou bombardear o Paquistão até que o país "voltasse à idade da pedra" após os ataques de 11 de Setembro, mas uma autoridade paquistanesa pode ter distorcido a resolução americana em pressionar Islamabad por ajuda, disse um ex-diplomata de Washington nesta segunda-feira.
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, em uma entrevista ao programa "60 Minutes", havia dito que depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, os EUA ameaçaram atacar o Paquistão se o país não cooperasse com a campanha da norte-americana contra o Talibã.
Musharraf disse que Richard Armitage, na época vice-secretário de Estado dos EUA, disse ao diretor da inteligência do Paquistão para que "se preparasse para ser bombardeado. Prepare-se para voltar à Idade da Pedra".
Em resposta, Armitage disse em um fórum de segurança entre EUA e a Coréia do Sul, em Seul:
- Essa conversa nunca aconteceu. Tive uma conversa muito forte com o chefe da inteligência. Eu lhe disse que para os americanos tratava-se de uma questão de branco ou preto. Ou o Paquistão estava conosco, ou estava contra nós. Não tenho dúvidas de que o chefe da inteligência foi bem convincente na língua que usou com o presidente Musharraf.
Na semana passada, Armitage disse à CNN que não fez a declaração e em Seul ele voltou a dizer que não ameaçou usar a força militar e que não foi autorizado a usá-la.
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