As forças dos Estados Unidos e do Iraque encontraram pouca resistência nesta sexta-feira na maior ofensiva já feita até agora contra milícias sectaristas de Bagdá, e as Forças Armadas americanas afirmaram não ter nenhuma indicação de que o líder da Al-Qaeda no Iraque tenha sido ferido.

CARREGANDO :)

Uma fonte do Ministério do Interior iraquiano havia dito que Abu Ayyub al-Masri tinha sido ferido na quinta-feira, quando forças iraquianas interceptaram um grupo de militantes da Al-Qaeda.

Um grupo apoiado pela Al-Qaeda também negou que Masri tenha ficado ferido no choque, e disse que a informação era uma fabricação do governo iraquiano.

Publicidade

- Estamos bastante convictos de que Masri não foi morto nem ferido. Na verdade, achamos que Masri nem se envolveu em nenhuma troca de tiros ontem (quinta-feira) - disse o tenente-coronel Christopher Garver, porta-voz das forças dos EUA.

Duas fontes do Ministério do Interior haviam dito que um assessor de Masri tinha morrido no confronto, que teria ocorrido a caminho de Samarra. Masri, que é egípcio, assumiu a liderança da Al-Qaeda no Iraque depois que os EUA mataram o extremista jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, em junho de 2006. Washington está oferecendo uma recompensa de 5 milhões de dólares pela captura de Masri.

Nas ruas de Bagdá, soldados dos EUA e iraquianos armaram postos de fiscalização e revistaram carros em busca de armas. A operação de Bagdá pretende desarmar os extremistas para acabar com os confrontos entre milícias sunitas e insurgentes sunitas.

- Ainda é muito cedo para dizer se isso vai ser um sucesso ou um fracasso. Mas por enquanto todo mundo está muito satisfeito (com a operação) - disse o major Steven Lamb, representante das tropas americanas.

Lamb disse que a operação se concentra em pontos conhecidos de confronto, como o reduto xiita de Kadhimiya, Adhamiya, dominada pelos sunitas, e os bairros de Rusafa, Karrada e Rashid.

Publicidade

Os conflitos entre as etnias foram deflagrados pela destruição de uma mesquita sagrada para os xiitas em Samarra, há um ano, que foi atribuída pelas autoridades à Al-Qaeda, que é sunita.

Especialistas acreditam que muitos milicianos devem ter deixado Bagdá por causa da operação ou estão se mantendo em silêncio enquanto ela não termina.

O presidente do Iraque, Jalal Talabani, disse na quinta-feira acreditar que o clérigo xiita Moqtada al-Sadr tenha dado ordens a sua milícia, o Exército Mehdi, para deixar o Iraque. A milícia é considerada pelos EUA a maior ameaça à segurança do país.

Fontes xiitas que não pertencem ao movimento de Sadr disseram que a milícia quer evitar uma batalha para proteger os ganhos políticos do jovem clérigo radical. O grupo de Sadr tem um quarto das cadeiras do Parlamento.

Os EUA já disseram que Sadr está no Irã, mas seus assessores insistem que ele está em Najaf, no Iraque.

Publicidade
Veja também
  • Talibã mobiliza 10 mil para ataque, diz comandante rebelde
  • Democratas aumentam pressão contra envio de tropas ao Iraque