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O líder do grupo fundamentalista Taleban, o mulá Omar, disse nesta quarta-feira (8) que a coalizão liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está perdendo a guerra no Afeganistão. Omar pediu aos afegãos que redobrem sua luta e pressionem por uma retirada dos Estados Unidos.

Omar falou numa mensagem para marcar o Eid al-Fitr, o festival que fecha o mês sagrado do Ramadã no calendário islâmico. A mensagem foi rastreada pelo grupo norte-americano SITE Intelligence, que monitora mensagens de extremistas na internet. "A vitória da nossa nação islâmica sobre os infieis invasores é agora iminente, e a força propulsora atrás disso é a fé na ajuda de Allah (Deus) e na unidade entre nós", disse Omar.

"Coloquem toda a força e planejamento atrás do objetivo de expulsar os invasores e reconquistar a independência do país", disse Omar aos mujaheddin (combatentes) afegãos. Omar afirmou que "esses especialistas militares que montaram estratégias para a invasão do Afeganistão agora trabalham em novas estratégias, eles admitem a si próprios que todas as suas estratégias não são nada além de um fracasso total".

Ele também afirmou que "outras forças estrangeiras que vieram aqui para ocupar nosso país estão agora sob pressão dos seus povos, por causa do crescente e pesado gasto militar, das baixas e da falta de frutos da guerra". Omar também se dirigiu aos norte-americanos, e disse: "Vocês testaram toda a nossa força, para manter sua ocupação sobre o país independente e islâmico do Afeganistão, mas não conseguiram nada, exceto uma derrota frustrante".

O mulá Omar foi um dos líderes do regime do Taleban no Afeganistão, que governou o país com punhos de ferro entre 1996 e o final de 2001. O Taleban foi então derrubado por uma invasão liderada pelos EUA. Desde então, Omar está foragido. Atualmente, a Otan tem cerca de 150 mil soldados no Afeganistão, com a missão de acabar com o grupo. As informações são da Dow Jones.

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