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Os militares norte-americanos poderiam ter capturado ou matado Osama Bin Laden em 2001, se tivessem lançado um ataque planejado contra o seu esconderijo no Afeganistão, de acordo com um relatório do Comitê de Relações Internacionais do Senado.

O relatório, escrito por funcionários a serviço da maioria democrata no comitê, diz que a fuga do líder da al Qaeda foi uma oportunidade perdida que alterou o curso da guerra e abriu caminho para as insurgências no Afeganistão e no Paquistão.

"Retirar o líder da al Qaeda do campo de batalha oito anos atrás não teria eliminado a ameaça extremista do mundo", afirma o relatório. "Mas as decisões que permitiram a sua fuga para o Paquistão possibilitaram que ele se tornasse uma figura smbólica poderosa, que continua a atrair recursos e a inspirar fanáticos."

Militares norte-americanos e milícias afegãs lançaram um grande ataque às montanhas de Tora Bora em 2001, na busca a Bin Laden. Acreditava-se que ele se escondia na região, com simpatizantes do Taliban. Oficiais dos Estados Unidos deixaram as milícias afegãs liderar a ação, e Bin Laden conseguiu escapar.

Os relatório diz que os comandantes norte-americanos rejeitaram pedir mais tropas para lançar um rápido ataque na área, apostando em ações aéreas, nas milícias afegãs e em forças paquistanesas para fechar as rotas de fuga.

"A força militar norte-americana foi posta de lado", afirma o texto.

O relatório critica o então secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, e seu principal comandante militar, Tommy Franks.

O senador democrata John Kerry, presidente do comitê, tem dito que o governo George W. Bush perdeu uma chance de pegar Bin Laden em Tora Bora meses depois do 11 de Setembro. Kerry perdeu a eleição presidencial de 2004 para Bush.

O relatório do comitê foi divulgado dias antes do esperado anúncio do presidente Barack Obama de que os Estados Unidos mandariam mais tropas ao Afeganistão.

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